Durante essa segunda quinzena de Novembro, como já faz
parte do conhecimento de muitos de vocês, Belo Horizonte está recebendo dois
eventos Literários de suma importância. São eles o Circuito Cultural da Praça
da Liberdade com uma programação voltada especialmente para a literatura e a Bienal
do Livro. Como a droga da Copa do Mundo foi sediada no Brasil, a Bienal que
normalmente é realizada nos primeiros meses do ano teve de ser prorrogada. O
que fez chocar os dois acontecimentos e que para mim foi quase uma covardia, já
que tive que optar por participar apenas de um deles. Por estar aguardando há mais
tempo, após os ocorridos de 2012, decidi participar da Bienal mesmo. Como só
posso ir aos fins e semana, deixei para ir ao segundo dia do evento, embora
tenha ficado morrendo de vontade de ir logo na estreia.
Não tenho muito que falar, afinal o evento já é bem
conhecido dos participantes das outras três edições. O que irei relatar aqui se
refere a minha primeira participação nessa edição de 2014, que ocorreu no feriado
do dia quinze. Não dá para mostrar absolutamente todos os estandes e atrações
porque realmente é muita coisa.
Logo de cara ao ver o mapa do evento já são altamente
perceptíveis algumas homenagens a importantes autores nacionais, e membros da
Academia Brasileira de Letras, que nos deixaram nesse ano. Algumas salas foram
batizadas com seus nomes. Tem a Biblioteca Infanto juvenil Rubens Alves, o
Auditório João Ubaldo Ribeiro e o Auditório Ariano Suassuna.
A programação em geral está bem bacana e variada.
Sugiro a quem quiser que vá com tempo livre. Dependendo do que se procura,
pode-se ficar uma tarde inteira por lá comprando ou somente participando das
demais apresentações. Para as grandes atrações que participam do Café
Literário, por exemplo, há um limite de participantes. Sendo preciso a
distribuição de senhas antes das palestras e bate papo. Portanto se souber da
participação de alguém cujo o trabalho lhe interesse, tenha em mente chegar com
antecedência a atividade programada.
Apesar de
oferecer entretenimento para todas as faixas etárias, notei que nesse ano o
foco mesmo são as crianças. Tem MUITA coisa exclusivamente para os pequenos. De
contações de histórias e atividades, a bancas inteiras com livros e materiais
lúdicos pedagógicos. Para os adolescentes aficionados pela cultura nipônica, e
também norte americana, novamente o estande da Comix marca presença recheada de
mangás e HQ’s. O único problema são a lotação na banca e o preço não muito
sugestivo de alguns produtos. Para os pré-adolescentes que curtem a Turma da
Mônica Jovem, o estande da Panini veio para fazer a graça. Apesar de também
trazer alguns títulos da Marvel Comix a Turminha jovem do Maurício de Souza
está com um destaque maior e não apenas no estande em questão, mas também em
muitos outros.
Quanto ao estande da Livraria Leitura não posso dar um
parecer porque simplesmente não consegui entrar. Estava lotada e contou com a
presença de Laura Conrado, autora de “Freud Me Segura Nessa”, “Só Gosto De Cara
Errado” e “Freud Me Tira Dessa”. O estande da loja da Saraiva esteve quase
igualmente lotado, com direito a fila para o caixa e funcionários se espremendo
para atender a todos. Tanto que apenas não vi a participação da Adriana
Calcanhotto no Café Literário porque estava na fila para o caixa no momento da
distribuição das senhas.
Os estandes que foram mostrados no MGTV vendendo
livros a partir de cinco reais, realmente parecem tentadores, mas o problema
ali é a forma como os livros foram distribuídos. Tudo fora de ordem. Não tem
separação de gêneros, ordem alfabética de títulos ou autores, nada do tipo. Tem
que ter muita paciência ao olhar um a um dos livros, além de precisar ter sorte
em encontrar aquele livro que você estava procurando há muito tempo e o avistou
assim, por acaso. Realmente é um saldão daqueles exemplares que não foram
vendidos na loja física e estão sendo comercializados a um preço bem baixo.
E por falar em MGTV, o estande da Globo Minas assim
como na edição anterior da Bienal, conta com um efeito cenográfico aonde as
pessoas se posicionam em frente a um cenário de fundo verde, também conhecido como
Chroma key, e cuja a imagem é projetada para uma tela ao lado. Como se o
participante estivesse em um programa ao vivo da emissora. O cenário sugere uma
cozinha e as imagens do telão são daquele programa Pratos e Panelas.
Sinceramente não vejo graça nesse tipo de atividade. Talvez se vocês forem com
uma turma de amigos para ficar um rindo das palhaçadas do outro, isso renda
algum divertimento.
Tem também o estande do Kindle que trás novidades na
parte dos E-Books. Confesso que o preço do aparelho está bem acessível, mas
ainda prefiro a forma impressa de livros. O estande dos Menores Livros do Mundo
não mudou praticamente nada. Muitos se encantam com o tamaninho dos exemplares,
outros não veem nada demais. Algo que achei bem interessante foi o estande Tertúlia
Brasília que trouxe vários produtos ecológicos feitos de forma reciclável com
estampas referentes a personalidades da cultura Brasiliense. Têm lixeiras
ecológicas, blocos de notas, flâmulas, camisas, tapetes e até almofadas com
frases ou fotos de escritores, astros da música e outras celebridades. Eu quase
comprei uma almofada com a foto do Renato Russo, mas achei meio exagerado da
minha parte. Gosto de Legião, mas não é para tanto. Se pelo menos fosse uma
camisa.
Mas além das atividades literárias, a Bienal também
agrega outros serviços para maior comodidade de seus visitantes. Então, ficaram
andando pelo lugar e de repente bateu aquela fome? Não tem problema, além de
uma praça de alimentação, também tem várias bancas aleatórias vendendo suas
guloseimas em alguns cantos. Mas aqueles que querem emagrecer não irão gostar
muito dessa notícia, já que a maioria do que vi sendo comercializado é comida
altamente calórica e sedentária. Eu vi carrinho de pipoca, de churros (lembrei
do Chaves, juro), sorvete, cachorro quente, etc. O único pedido que deixo aos
visitantes é que tenham um pouco de educação e mantenham o lugar limpo. Ao
comprar pipoca ou outro tipo qualquer de alimento, não derramem no chão. Eu vi
montes de pipoca espalhados pelo carpete e não pareciam ter caído
acidentalmente.
Acabou os créditos do celular e você precisa efetuar
uma ligação? Também não tem problema, existem alguns telefones públicos no
local. Tomou muito suco e precisa se aliviar? Lá naturalmente tem dois banheiros,
um feminino e um masculino. Pois bem, a estrutura e serviços foram altamente
bem organizados e planejados. Pelo menos isso, não é mesmo? Seria injusto se para
a Fifa Fan Fest o espaço fosse preparado com uma estrutura magnífica e
impecável e para a Bienal ter algo que deixasse a desejar. O intervalo de dois
anos para quem gosta desse evento é muito grande. E convenhamos, Belo Horizonte
não costuma receber muitos eventos literários desse porte.
Enfim, se vocês procuram realizar um passeio com
família ou amigos, não percam tempo em ir ao Expominas. Lembrando que a Bienal
vai até o próximo Domingo, dia vinte e três. Quem for não se arrependerá de um
passeio que não deixa nada a dever a uma volta no Parque Municipal, Praça da
Liberdade ou qualquer outro lugar público de Belo Horizonte. Os ingressos estão
a um preço de dez reais a inteira e cinco a meia. Para quem for de metrô tem um
descontinho de vinte por cento, basta apresentar o bilhete no guichê. Maiores
informações no site oficial. Abaixo estão algumas fotos que fiz de relance.
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Fiz um vídeo bacana dessa apresentação, mas ficou muito pesado para colocar aqui. Quase um Giga de espaço. |
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Cosplays? Não necessariamente. Um agrado para as criancinhas fãs do trio congelante da animação "Frozen". |
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Pratos e Panelas... Só que não. |
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Estande da Gutenberg dando destaque para Paula Pimenta. |
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Panini destacando a Turma da Mônica. |
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Bienal em quadrinhos criando tirinhas ao vivo. |
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Comix dispensa apresentação. |
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Livros lúdicos para as crianças. |
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Mais uma banca com muita coisa para as crianças. |
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Kindle com promoção especial apenas para a Bienal. |
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Café Literário com paredes de vidro, permitindo que até mesmo as pessoas que estão de fora possam assistir as palestras e bate papo. |
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Praça de alimentação. |
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Acha mesmo que só irei uma vez? Claro que voltarei. |
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Além dos livros, comprei também um chaveiro do nosso fanfarrão Ferris Bueller. |