sábado, 6 de agosto de 2011

Soul Love (À noite o Céu é perfeito)

Jenna Hudson viu sua vida virar de cabeça para baixo após ser expulsa de sua escola em Londres. Como punição, sua mãe a levou para passar uns tempos em Netherby, na casa de sua tia Sarah. Ao chegar a pacata cidade, Jenna se sentiu “superior” aos moradores de lá, achando tudo tedioso. Ela então conhece Charlie e Freddie, dois irmãos que possuem uma banda anti-folk, além de conhecer Gabriel, o garoto que viria se tornar seu grande amor e Cléa, uma garota que sempre está ao lado de Gabe, mostrando ser mais intima do que uma simples amiga.
Jenna sente uma forte pressão ao ter que guardar para si mesma o grande segredo que a levou a ser expulsa de seu antigo colégio e acredita que Mia, sua melhor amiga esclarecerá tudo em breve. Porém ela acaba se envolvendo demais com as pessoas e com a própria cidade de Netherby. Ela começa a trabalhar na livraria de Sarah e começa a se relacionar com Gabe de forma mais intima.
Mas não é apenas a própria Jenna que possui seus “segredos”, Gabe também esconde algo que nunca passou pela cabeça de Jenna. A relação entre os dois cresce muito porque ambos se sentem livres juntos, chegando a sentir confiança suficiente para se abrirem um com o outro. Será que o grande segredo que eles carregam consigo irá impedir o amor de florescer? Somente lendo para saber.
Na verdade eu pretendia postar outra resenha de livro, mas acontece que Soul Love é um livro bastante interessante que me tocou muito. Não é um romance óbvio de dois adolescentes que chega a nos dar náuseas de tão meloso. Também não é um romance comum de um casal Britânico. Soul Love tem uma boa desenvoltura e consegue prender a atenção do leitor. Jenna é uma boa personagem. No início temos a impressão de que ela é uma garota rebelde que anda do lado errado dos trilhos, mas depois de um tempo lendo, se percebe que ela é apenas imatura e possui uma fidelidade gigantesca a seus “amigos” de Londres. Porém ela passa por um amadurecimento progressivo que é facilmente notado pelo leitor.
Aliás, todos os personagens são bons, tendo cada um sua própria característica. O que faz a história não ficar centrada apenas em Jenna. Também é mostrado o relacionamento conturbado entre Sarah e Kai, a banda de anti-folk de Charlie e Freddie, a amizade de Jullius e Ava por Sarah, o relacionamento curioso entre Cléa e Gabe e também as mudanças de comportamento repentinas de Gabe. Gabriel mostra a Jenna a beleza de um Céu noturno e todo estrelado, mas não quer que ninguém saiba do relacionamento entre os dois, apesar de viver momentos especiais ao lado Jenna.
Eu pessoalmente esperava que o segredo de Jenna fosse revelado apenas no fim do livro e que fosse feito por Cléa, mas isso acontece de maneira totalmente inesperada no meio. Quando isso acontece, Gabe revela seu grande segredo também para mostrar a Jenna que o problema dela é algo que pode ser resolvido facilmente. No momento que Gabe revela seu segredo, senti como se alguém tivesse me dado um soco na nuca, isso porque a história não deixa furos que nos fazem desconfiar da verdade. A partir dessa revelação comecei a ver toda a história com mais delicadeza e me senti preso à leitura para saber como tudo acabaria, já que a história é cheia de surpresas.
A partir desse ponto Jenna começa a perceber seus próprios erros e percebe que seus “amigos” de Londres não foram nem tão honestos nem tão companheiros com ela que se manteve fiel a eles, chegando a arcar por consequências das quais não deveria. O que mostra que nem tudo foi ruim com a ida dela para Netherby. Se isso não tivesse acontecido, ela não teria conhecido Gabe e não teria amadurecido tanto.
De verdade, eu não esperava tanto desse livro quando comecei a lê-lo. Primeiro porque achava que essa Jenna seria igual a de “A borboleta Tatuada”. Não que aquela Jenna seja ruim, eu também gosto muito dela (mais um livro que me surpreendeu bastante e que ainda ganhará resenha aqui), mas pela impressão na qual fiquei ao ler a sinopse do livro. Segundo porque eu procurava por um romance saudável e sem exageros. Terceiro porque quando lemos um livro gringo, não podemos nos esquecer de que é algo que segue uma cultura diferente da retratada em livros nacionais. O resultado por ter lido esse livro foi surpreendente para mim, por isso eu o recomendo por vários motivos, além dos já citados.  Ele possui vários elementos na história, não é um livro cheio de clichês e é uma trama cheia de surpresas, além de ser inovador.

Curtindo a vida adoidado

Ferris Bueller é um jovem que decide ocasionalmente tirar o dia para desfrutar sua vida. Ele engana os pais ao fingir estar doente apenas para matar aula. Não satisfeito apenas com isso, ele faz seu melhor amigo Cameron Frye e sua namorada Sloane Peterson o acompanharem em um passeio inusitado pela cidade. Juntos na Ferrari do pai de Cameron, eles vão a um museu, um restaurante e participam de uma passeata. Porém algumas pessoas estão prontas para pegar o canastrão Ferris e desmascara-lo. São eles o Diretor Ed Rooney e a própria irmã de Ferris, Jean Bueller.
A partir disso acontecem várias confusões. O Diretor Rooney na tentativa de pegar Ferris entra em várias enrascadas, a Ferrari do pai de Cameron fica praticamente ferrada após o passeio e a irmã de Ferris vai parar na delegacia. Tudo acontece sem que o danado se dê mal por algo, sendo ele o principal culpado por praticamente todas as confusões direta ou indiretamente.
Lançado em 1986, o filme Curtindo a vida adoidado se tornou um grande clássico. Eu sou um pouco suspeito ao falar dele porque eu o adoro desde quando eu era criança. Ferris era quase uma espécie de herói para mim, Me lembro que por causa dele, eu sempre fazia com o shampoo um moicano espetado no meu cabelo durante o banho. Graças a ele eu pude conhecer “Twist and Shout” dos Beatles. Isso sem contar que eu sempre assistia até o fim do filme apenas para ver o Ferris dizer: “Desliga a televisão. Muda de canal”. Outro destaque do filme a ser citado é a musica “Oh Yeah” da banda de electro Yello. Uma prova da popularidade que ela adquiriu aqui no Brasil graças ao filme é o fato de ela estar sendo usada até em comercial de refrigerante.
Enfim, Curtindo a vida adoidado é um grande filme que chega a ser igual ao Chaves, todo mundo já viu, mas nunca se cansa de assistir novamente. Uma comédia irreverente que era fichinha carimbada na Sessão da Tarde de tempos em tempos (Ah, como eram bons aqueles tempos em que a Sessão da Tarde passava filmes como “Os aventureiros do bairro proibido”, ou “A lenda de Billie Jean”, verdadeiros clássicos. Não esses filmes idiotas de animais fofinhos que fazem alguma coisa diferente do convencional que a Globo insiste em passar sempre), mas que agora é mais facilmente encontrado em DVD. Essa é a primeira recomendação de filme que faço aqui no Blog, mas mesmo sendo um filme antigo ele ainda mantem uma aparência jovial.
Save Ferris!!!


The King of Fighters 94

Esse é um relato de um ex-viciado. Tudo se iniciou no ano de 1994, época na qual os consoles caseiros eram artigos pouco comuns nos lares de pessoas da classe baixa e muitos garotos tinham que frequentar bares e fliperamas para jogar os famosos Arcades. Meu irmão e eu sempre frequentávamos esses tipos de lugares escondidos da minha mãe para jogarmos os jogos mais clássicos de porrada como Mortal Kombat e Street Fighter 2. Uma vez ou outra algum amigo nos acompanhava.
E um belo dia quando fomos a um barzinho da esquina, aquele ali próximo à padaria, encontramos duas maquinas de Arcade. Uma delas era Street Fighter 2 e a outra era um jogo até então desconhecido. Fomos no interesse de jogar Street Fighter 2 porque havia algo diferente, como por exemplo, o Hadoken do Ryu era duplicado, ou alguma diferença do gênero que era comum na época. Eu ficava vendo alguns garotos jogar a outra máquina e logo achei interessante o jeito do jogo. Era um jogo de porrada, mas você podia jogar com um time de três personagens, cada time representando um país. Então comecei a encher o saco do meu irmão e do nosso amigo para jogarmos aquele jogo que tinha um visual e jeitão diferente de todos os jogos que já havíamos jogado.
Foi aí que aquela cartinha rodopiante que era esmagada por um punho flamejante na abertura do jogo acabou conquistando três novos jogadores. O nome desse jogo tão fascinante? The King of Fighters 94. Nós sempre jogávamos um contra o outro para não correr o risco de algum outro garoto entrar no segundo controlador e nos humilhar, pois éramos péssimos jogadores, mas quando ficávamos apenas com uma única ficha, jogávamos contra o computador.
Nessas oportunidades nós jogávamos com o time da Korea. Eu pegava o primeiro round com o Choi Bounge , meu irmão pegava o segundo round com o Chang Koeman e nosso amigo pegava o terceiro round com o Kim Kaphan. Porém os outros personagens também eram escolhidos por nós uma vez ou outra.
Foi graças a esse jogo que conhecemos a trupe de Fatal Fury, nos deixamos encantar com o trio de garotas de England (eu sempre me amarrei na King, acho ela demais) e aprendemos a odiar o time do Brasil (esses caras são muito chatos. Isso sem contar que a música do cenário deles lembra descaradamente “Surprise you’re dead” do Faith no more). Eu com meus dez anos odiava admitir, mas sim cara, eu estava completamente viciado em The King of Fighters 94 e não era um simples vício de jogar bem não, mesmo porque eu era um péssimo jogador, mas um vício que quase me escravizou. Eu e meu irmão investíamos todo o dinheiro que ganhávamos na compra de fichas para jogar (elas custavam apenas R$ 0,25. O mesmo preço de um jornaleco aqui de Minas), isso sem contar a vontade devastadora que eu sentia ás vezes de matar aula apenas para ficar jogando (isso nunca chegou a acontecer graças à rigorosa educação que minha mãe me deu), até o dia que minha mãe descobriu as nossas fugas no período em que ela estava trabalhando e a existência da viciante máquina.
Após um belo sermão, ela nos permitiu ir jogar pela última vez. Ela temia que a coisa pudesse fugir do controle (o que poderia realmente acontecer) e para que eu e meu irmão pudéssemos satisfazer nossa vontade por completo, ela nos deu uma boa quantidade de dinheiro (uns R$5,00 que na época parecia ser muito) para comprarmos bastantes fichas e jogarmos até dizer que chega. Após isso, ficamos muito tempo sem chegar perto daquele bar e depois de mais um tempo, o dono retirou o Arcade de The King of Fighters 94 do bar. Depois disso, eu joguei vários outros jogos em vários tipos de console diferentes, mas não me lembro de nenhum que conseguiu arrebatar um forte vício em mim. E depois de muito tempo (principalmente depois que adquiri o meu primeiro vídeo game), eu acabei vendo que vídeo game não é tudo e que há coisas na vida com uma importância maior. Hoje não jogo com a mesma voracidade de antigamente, mas guardo bem na memória o tempo no qual fui um perfeito viciado e como nem tudo terminou de maneira desastrosa para mim, por isso posto aqui um pouco dessa recordação.
Por um lado indico esse jogo porque ele é muito bom, mas por outro deixo o meu alerta. Jogar vídeo game pode ser divertido e na verdade não é totalmente prejudicial, mas tudo que é demais não presta. Então jogando com moderação, tudo vai ficar bem. Procure sempre variar em suas atividades e desenvolver novas habilidades, porque jogar vídeo game por mais divertido que seja não irá pagar suas contas e não resolverá seus problemas. E lembre-se, todo vício leva as pessoas a caminhos devastadores, eu descobri isso na hora certa, não deixe essa hora passar se você ver que está exagerando de alguma forma. Fim do relato.

 


MP.Player

Bom, como na outra postagem da sessão MP. Player, colocarei aqui o nome das músicas do Pantera que estão no meu MP4. Na verdade assim como fiz nas músicas do Muse, coloquei uma pequena coletânea que pode ser uma boa sugestão de músicas da banda para se ouvir. Fica a critério de vocês.
01 War nerve
02 Cowboys from hell
03 Becoming
04 Primal concrete sledge
05 Mouth for war
06 Fucking hostile
07 Revolution is my name
08 Walk
09 We'll grind that axe for a long time
10 A new level
11 5 minutes alone
12 I'll cast a shadow
Abaixo seguem algumas fotos da banda:

    Acho esse desenho muito FODA, mas não fui eu quem o fez, que isso fique bem claro.



Pantera

Formada no início dos anos 80 o Pantera passou por várias mudanças consideráveis, desde o estilo musical até mesmo o vocalista, consolidando sua carreira a partir do Álbum “Cowboys from hell” de 1990. A banda lançou mais quatro álbuns depois desse, todos com hits marcantes. Até que em 2001 a banda se separou. Diferentemente dos famosos “Hiatos” nos quais várias bandas somem da mídia por um tempo e voltam depois de um longo descanso, o Pantera se separou sem anunciar fim ou retorno e em 2004 a possibilidade de retorno da banda foi reduzida consideravelmente a nunca após um fã (louco, retardado, idiota, FDP, diga-se de passagem) assassinou Dimebag Darrell, o guitarrista do Pantera que se apresentava com sua nova banda, o Damageplan.
No inicio da carreira, o Pantera possuía um som mais Glam e essa característica foi se perdendo com a entrada de Phil Anselmo em 1988, fazendo com que a banda assumisse um som mais pesado. Os demais integrantes são Vinnie Paul Abbott (baterista e irmão de Dimebag Darrell), Rex Brown (baixista) e o próprio Dimebag Darrell (guitarrista).
Eu conheci o Pantera quando tinha dezessete anos. Na época eu confesso que o som da banda não me agradou (sabe-se lá o porquê), o álbum que eu havia pegado emprestado com um amigo foi o "Official Live: 101 Proof" de 1997. Acho que o Grunge tinha uma influência tão grande em mim que me impedia de me interessar no som de outras bandas. Naquela época eu quase ganhei uma camisa do Pantera (eu disse quase).
Eu conhecia algumas músicas do Pantera, mas não me interessava tanto assim pela banda, apesar de gostar de alguns riffs. Então esse interesse foi sendo despertado com uma ajudinha do jogo Guitar Hero do PS2 e há uns dois anos eu comecei a procurar coisas sobre o Pantera. Os Álbuns que eu mais gosto são os lançados de 1992 até 2000, não me interessei muito nos Álbuns lançados nos anos 80. Os dois clipes que mais gosto da banda são os das músicas “5 minutes alone”, (acho demais a fotografia do vídeo, o jeito como as cordas dançam nos instrumentos e a maneira como a banda é mostrada. Um verdadeiro clipe de rock que consegue mostrar como uma banda de rock deve se comportar de verdade em um clipe) e “Revolution is my name” (onde a banda faz uma espécie de homenagem as bandas de rock antigas, muitas que podem até ter sido inspirações para os membros da banda). De verdade, eu acho esses clipes fabulosos.
Então chega de falar nessa banda incrível que infelizmente terminou e teve um acontecimento trágico envolvendo um dos mais ilustres guitarristas de todos os tempos, para ouvir e balançar a cabeça. Vejo vocês na próxima postagem que também fala sobre o Pantera.