Pessoal,
estou realizando uma queima de estoque do meu livro “Coração Paterno”. Cada
exemplar será vendido por R$19,90 e não é apenas isso. Além de adquirir o
livro, cada comprador irá concorrer a uma pequena caixa recheada de prêmios.
Interessados leiam com atenção abaixo os procedimentos para a realização da
compra e as regras para o sorteio da caixinha.
Como
comprar o livro
ØO primeiro procedimento é enviar um e-mail para silvaerrado@yahoo.com.br manifestando
o desejo em adquirir o exemplar do livro “Coração Paterno”. O envio desse
e-mail será necessário não apenas para manter contato, mas também para fornecer
maior segurança a todos.
ØO pagamento do livro deverá ser feito através de
Depósito Bancário. (Através do e-mail irei informar os dados necessários para a
execução dessa tarefa.).
ØNo caso de não encontrarem uma agencia do banco certo
para realizar o depósito ainda há a opção de efetuar uma transferência
bancária. Lembrando que para esse tipo de serviço os bancos cobram uma pequena
taxa, mas isso é incluso no serviço deles, não no meu.
ØApós efetuar o pagamento o comprador deverá me enviar
(de preferência digitalizado e por e-mail) o Comprovante de Depósito fornecido pelo banco. Esse comprovante será
a confirmação que terei de que o pagamento foi devidamente realizado. NÃO
realizarei o envio do livro caso não receba esse comprovante. (Sugiro que façam
a digitalização do comprovante através de um Scanner ou Multifuncional. NÃO
aceitarei imagens feitas por câmeras digitais ou de celular porque muitos
desses aparelhos não possuem uma resolução adequada para esses fins.).
ØSe preferirem, poderão me enviar o comprovante pelo
correio. Lembrando que nesse caso o envio do livro poderá demorar um pouco
mais.
ØCom tudo isso feito, é só esperar em casa pelo envio
do exemplar. Farei o frete de graça.
Podem
até parecer muitos passos para efetuar a compra de “Coração Paterno”, mas
opções não faltam. A única burocracia da qual os interessados irão ter de
enfrentar é a fila do banco. Toda a parte difícil ficará para mim. Não se
preocupem tudo o que estou propondo é altamente seguro, podem confiar. O que eu
pessoalmente acho um tanto inseguro são aqueles sistemas de pagamento pela
internet.
Caixinha de
prêmios
ØAo efetuar a compra do livro “Coração Paterno”, cada
comprador será cadastrado em um banco de dados feito por mim no meu computador
(tabela digital do tipo Excel mesmo) constando nome, endereço e e-mail para
concorrer. Esse cadastro será necessário para que os compradores possam
concorrer a caixinha de prêmios.
ØNo ato do cadastro no meu banco de dados cada
participante será representado por um número. Essa numeração será feita por
ordem de compra. (EX: Joãozinho foi o primeiro a comprar o livro, seu número
será o 001. Mariazinha foi a segunda a comprar o livro, seu número será o 002.
Ricardão foi o terceiro a comprar o livro, seu número será o 003. E assim por
diante.).
ØApós a vendagem do livro para o comprador de número 50
(cinquenta), será feito o sorteio de um dos números. O ganhador será comunicado
por e-mail e deverá responder no prazo de três dias, caso contrário será
realizado um novo sorteio.
ØSerão sorteados dois pacotes surpresa. Poderá ser
sorteado um terceiro item, mas isso dependerá de como irão fluir as vendas. Aos
poucos poderei postar fotos mostrando alguns dos itens presentes nos pacotes.
Bom
pessoal é isso. Espero que gostem dessa promoção e desejo sorte a todos. Abaixo
deixarei os links para mais informações referentes a “Coração Paterno”. Qualquer dúvida, queixa, elogio, ou qualquer outra manifestação, favor deixar nos comentários.
Sim,
eu sei que essa é a terceira postagem voltada para a música este mês, mas é que
após a triste notícia da morte do Peu, veio o grande dia de eu ver esse
aguardado filme. Desde o início do ano esperava pela estreia e tentei ao máximo
não ficar tão ansioso para não sofrer nenhuma possível decepção. No meiosinho
do ano passado eu fiquei sabendo das duas produções cinematográficas que
abordariam a vida e a obra de Renato Russo. Vou confessar que não esperava
muito de nenhuma das duas porque o Brasil tem o péssimo hábito de não dar
importância para produções nacionais. Tudo o que temos de destaque nos cinemas
são comédias que são em sua maioria desnecessárias. Além do tão falado “Central
do Brasil” que até hoje não entendo porque concorreu ao Oscar.
Bem,
voltemos então a falar de “Somos tão Jovens”. O filme aborda a adolescência do
icônico líder da Legião Urbana, Renato Russo. Começando logo quando foi
descoberta a Epifisiólise no jovem e termina quando a Legião foi formada e se
preparava para ir para o Rio de Janeiro. Na verdade eu só quis mesmo ir ver ao
filme no cinema por causa do som. Me tornei um fã legítimo da Legião Urbana
depois de ver o “Capital Inicial Especial MTV Aborto Elétrico”. A primeira
banda do Renato Russo abriu meus ouvidos para o rock de Brasília, em especial
para os primeiros álbuns da Legião Urbana. (Para ver a postagem que fiz
referente à Legião Urbana basta clicar aqui). Sabendo da parte musical do filme
logo me interessei em ouvir o Aborto Elétrico no sonzão de qualidade do cinema.
A história em si também é muito bem elaborada. Tem alguns momentos em que nos
perguntamos se realmente tudo aquilo aconteceu, assim como tem alguns
trechos nos quais acontecem coisas das quais os mais informados já sabem que é real.
Não
vou falar das cenas do filme para não estragar a surpresa de quem pretende ir
vê-lo. Então falarei da minha impressão a respeito da parte técnica e
artística. Sei que muitas pessoas torceram o nariz para o ator Thiago Mendonça,
mas eu pessoalmente achei toda a escalação de elenco muito boa. Todos os atores
possuem uma semelhança incrível e também todos interpretaram de maneira
impecável. Dá para sentir a sinceridade e entrega de cada um, mesmo os que
pouco aparecem. A fotografia do filme é outro ponto que me fascinou bastante,
os ambientes, os equipamentos utilizados pelas bandas, até mesmo a lanchonete
Foods e o caminhão que a turma de Brasília usava para realizar os shows ficaram
idênticos aos vistos nas fotografias antigas. Percebe-se que foi feito um
trabalho altamente minucioso para chegar a esse resultado. Mais um ponto forte
é o figurino. A caracterização geral ficou fantástica.
Logo
no início do filme a impressão que tive foi a de que todos da equipe devem
ter trabalhado muito pesado para trazê-lo para as telonas. E que só foi
possível realiza-lo graças ao apoio de grandes e poderosas empresas. Como eu
disse acima, para o Brasil é melhor investir em uma porra de um esporte
que não ajuda ninguém a nada e ainda arrecada um lucro absurdo que não é
utilizado em nenhuma melhoria vital como saúde e educação. Infelizmente para o
Brasil cultura é ver um bando de marmanjos correndo atrás de uma droga de
bola estúpida.
Confesso
que em toda a minha vida nunca senti tanta vontade de ir ao cinema assistir a
um filme tanto quanto foi agora. “Somos Tão Jovens” é um registro que vale a
pena de ver por vários motivos. Mesmo já conhecendo bem alguns acontecimentos
retratados no filme ainda foi algo diferente de se ver. Muitos já tentaram
realizar produções que homenageassem Renato Russo, mas a grande maioria pecou
em um ponto ou outro. Como aquele especial da Globo, “Por Toda minha vida”. O
ator que interpretou o Renato pode até ter feito uma atuação aceitável, mas ele
era um ator e não um cantor. A voz do mesmo não chegava nem perto da voz do
Renato. Tinha um tom sonoro muito baixo. Já com os atores de “Somos Tão Jovens”
a história foi diferente. Absolutamente todos realmente tocaram seus
instrumentos e os vocalistas cantaram pra valer. Não teve nada de Playback.
Graças ao grande produtor musical, antigo tecladista da Legião e amigo de
Renato Russo, Carlos Trilha.
Adorei
as cenas com o guitarrista André Pretorius. O sotaque característico dos
gringos presente no personagem foi algo bem interessante. Me identifiquei muito
com o jeitão rebelde e revoltado do cara. A cena do show com ele tocando foi
simplesmente visceral. Pena que foram poucas as cenas do personagem. Também confesso que me identifiquei com o Renato Russo em alguns
pontos, como o inconformismo de ver o país ameaçar ruir e ninguém manifestar
nenhum desejo de mudança. E também a vontade de fazer algo sem precisar ter que
dar satisfação a ninguém. Além da vontade de realizar algo grande de verdade que faça as pessoas contestarem.
Uma
atriz que me surpreendeu bastante foi a Laila Zaid. Eu já a conhecia da
novelinha adolescente Malhação do tempo em ela interpretava a estudante Bel. A
raiva maior que eu tinha daquela personagem era o fato de ela roubar várias
gírias que eu costumava usar na época. Sem contar que são pouquíssimos atores
que passam pela Malhação e mostram um talento verdadeiro. A Aninha ficou
incrível. A cena dela e do Renato que mais gostei foi a parte em que o
Renato toca “Ainda é Cedo” pela primeira vez. Além da cena ser maravilhosa, dá
para sentir uma forte sinceridade emocional e um amadurecimento nas composições
do Renato Russo.
Outra
personagem que atuou na Malhação (como a Rita, também conhecida na novela como
a ‘garota do buraco’) e que parece realmente estar despontando no cinema
nacional é a atriz Olívia Torres que interpreta a Gabriela. Mas as cenas dela
foram poucas perto dos outros personagens. As citações de alguns trechos de
canções de Renato Russo foram bastante exploradas. Participações de pessoas
presentes na vida do músico também foram inseridas de forma bem sutil. Destaque
para Philippe Seabra da Plebe Rude que interpretou o prefeito de Patos de Minas
- MG, cidade onde ocorreu o primeiro show da Legião. Giuliano Manfredini, filho
de Renato Russo também fez uma pequena participação, além de Carmem Teresa,
irmã do Renato. Mas não irei revelar em que momento ocorrem essas duas
participações.
Fazendo
uma pequena comparação com outras produções que retratam a vida de algum
musico, achei “Somos Tão Jovens” a melhor que já vi até agora. O filme “Cazuza
- O Tempo Não Para” contando a vida do Cazuza me desapontou e muito. Se o
Cazuza era tudo aquilo que foi mostrado no filme, para mim ele não passava de um filhinho
de papai que possuía uma cabeça de vento que preferia ter milhões de amigos
podres a ter poucos verdadeiros. (Sei que enfrentarei uma série de críticas
sobre esse comentário, mas opinião é opinião. Tenho todo o direito de não
gostar de coisas das quais outras pessoas gostam. Assim como muitas pessoas tem
todo o direito de detestar coisas das quais eu tanto gosto.).
Outro
filme baseado em vida de músico que eu simplesmente odiei foi o tão aclamado “Last
Days” que foi baseado nos últimos dias de vida de Kurt Cobain. Vou abster meu
ponto de vista sobre esse filme porque realmente o detestei. Também tem aquele
filme “Singles - Vida de Solteiro” que se baseou na cena musical de Seattle no
início dos anos noventa. A história é legalzinha, mas o filme em si é bem fraco. O que
vale a pena nele são apenas a trilha sonora e a participação de músicos no
longa.
Bom,
sobre “Somos Tão Jovens”, acho que já falei tudo sem fazer Spoiler. Então não
percam tempo em ir ao cinema não apenas para prestigiar o cinema nacional, mas
também para apreciar uma verdadeira obra de arte digna de prêmios. Dentre eles,
poderia até ser indicado ao Oscar. Para quem já assistiu ao Documentário “Rock
Brasília: Era de Ouro” e ao “Capital Inicial Especial MTV Aborto Elétrico” fica
mais fácil entender alguns acontecimentos do filme, mas isso não impede quem
ainda não os viu a ter uma boa compreensão do longa também. Espero ainda poder ver ao
filme mais vezes antes dele sair de cartaz para poder reparar em detalhes que
não reparei de primeira. Mas se não conseguir também não importa porque com
certeza comprarei o DVD quando sair.
Ah,
só mais uma coisinha, no fim do mês irá estrear nos cinemas o filme “Faroeste
Caboclo”, baseado na canção de mesmo nome e que demorou muito mais para estrear
do que “Somos Tão Jovens”. Mas para esse filme eu posso até esperar chegar em
DVD. A empolgação estava em cima de “Somos Tão Jovens” mesmo. Abaixo deixarei
um vídeo e o link para um blog voltado a “Somos tão Jovens” e um vídeo. Enjoy.
No
princípio da semana passada fui pego de surpresa por mais uma fatal perda no
mundo da música. Faleceu no dia cinco de Maio, Peu Sousa guitarrista da banda
da Pitty entre 2003 e 2005. Fiquei bastante triste, pois o admirava muito. Ele
tinha um jeito único de tocar guitarra e realmente se envolvia de forma
profunda com a música em si.
Como
conheço o trabalho da roqueira Pitty desde 2003 acabei me familiarizando com os
músicos que a acompanhavam. Vendo os especiais de TV como o Família MTV da
Pitty, era como se já conhecesse a todos há muito tempo. Embora não os
conhecesse pessoalmente. O jeito maluquete do Peu me fazia dar boas risadas.
Ele parecia ser realmente um cara de bom astral e de bem com a vida. Vendo o
DVD “Admirável Vídeo Novo” isso podia ser comprovado (assisti esse DVD tantas
vezes que houve até uma perda total no meu). Nesse mesmo registro pude ver a
admiração do guitarrista por outro músico, Emerson Boréu. Peu dizia que Boréu
era um de seus heróis e que por aquele dia ele próprio estava sendo Emerson Boréu
também. Além de portar uma Stratocaster vermelha idêntica a de seu herói.
No
iníciozinho de 2005 soube que Peu deixou a banda da Pitty. Confesso que pensei
que o som da banda ficaria defasado sem a presença dele na guitarra, mas acabei
aceitando bem a chegada do Martin e como coloquei na postagem que fiz sobre a
Pitty, me identifico muito mais com o jeito do Martin tocar porque ele tem um
grande forte nas bases e o Peu já tinha um grande forte nos solos. (Quem quiser
ver essa postagem completa é só clicar aqui.). Mas nada disso me impedia de
gostar dos solos psicodélicos e bem estruturados do Peu.
Quando
o Peu formou a banda Trêmula eu torci pelo sucesso da mesma porque quando
escutei “Selvagens Procurando Lei” achei a letra muito boa. Aquele refrão
dizendo: "Parte do que sou estava no lixo quando te encontrei", ficou preso na
minha cabeça por muito tempo. Pena que o vocalista abandonou o projeto já quase
finalizado.
Outro
projeto do qual o Peu participou e eu pessoalmente não me vi interessado foi a
super banda Nove Mil Anjos contando também com o baixista Champignon e Junior
Lima na bateria, além do desconhecido até então vocalista Péricles Carpigiani.
Desde que escutei a primeira música do grupo já imaginava que aquele projeto
não iria emplacar por muito tempo. Pessoalmente achei infeliz a escolha da
primeira música deles para trabalho. A música “Chuva agora” Não me agradou nem
um pouco. Poderiam ter escolhido outra música. Mas enfim, a Nove Mil Anjos não
durou muito e novamente o Peu ficou sem banda visivelmente destacada pela
mídia. Até que ocorreu o que ocorreu.
Não
vou julgar o ato suicida do Peu, mesmo porque muitos já devem estar fazendo-o.
Mas fiquei triste por ver mais um musico do qual eu admiro partir dessa forma
tão trágica. É o segundo esse ano. Primeiro foi o Chi Chang do Deftones, agora
o Peu. Mais um talento indo embora e deixando o Brasil carente de mais um
roqueiro dos bons. O que me deixa mais triste é ver o descaso da mídia. Se não
fosse o sensacionalismo do Yahoo eu nem teria descoberto o fato. De tudo o que
já fez, Peu foi lembrado apenas de que foi um dos músicos da banda da Pitty. E
eu não vi nenhuma homenagenzinha em nenhuma emissora. Talvez seja porque não
sou muito ligado em TV como era antigamente. Fato é que quando vi o clipe da
Pitty “Dejá vu” na mesma semana do falecimento do musico foi inevitável não
sentir uma sensação de nostalgia e tristeza ao mesmo tempo.Sei que essa música foi composta em parceria
entre a Pitty e o Peu, mas quem a gravou no álbum “Anacrônico” de 2005 foi o
Martin. Ao ver o clipe também tive a sensação de que estava escutando o Peu
tocando e não o Martin, principalmente nos trechos em que há um dedilhado
quebrado entre o refrão e a estrofe.
O
irônico para mim é que na semana anterior a morte do Peu eu me lembrei que esse
ano o álbum “Admirável Chip Novo” da Pitty comemora dez anos. Ao procurar na
internet vi que o álbum foi relançado em Vinil. Pensei comigo mesmo como seria
legal se a Pitty largasse um pouco o Agridoce e fizesse um show comemorando
esses dez anos de seu primeiro álbum, afinal se não fosse por ele ter sido
lançado hoje em dia ela não seria tão popular quanto é. Pensei também como
seria legal se ela chamasse o Peu para tocar nesse possível show.
Melhor ainda seria se ela resolvesse gravar um álbum novo com a banda sendo tão
pesado quanto os dois primeiros e chamasse o Peu de volta. Logicamente que o
Martin permaneceria na banda, mas seriam duas guitarras. O Martin tocando as
bases e o Peu fazendo seus solos. Mas é claro, isso foi só uma piração de um fã
que agora se tornará impossível de se realizar.
Bom,
estou fazendo essa postagem (um tanto atrasada até), porque para mim foi como
ter que dizer adeus a um amigo de escola daqueles dos quais já vivemos bons e
maus momentos juntos e que já não temos notícias há bastante tempo. Fiquei a semana
inteira sentindo uma leve tristeza e abatimento por causa da morte do Peu. A
vontade que tive desde que fiquei sabendo do incidente foi a de dar um tapa na
testa do rapaz e dar uma tremenda bronca dizendo coisas do tipo: “Não faça isso, Mané! Sua vida é preciosa demais para acabar assim!”, mas infelizmente nada do que eu possa fazer poderá melhorar essa situação. E agora só me restou fazer essa
postagem para me despedir de um dos guitarristas mais talentosos que o Brasil
já teve e agradecer por ele ter deixado registrado boas músicas para alimentar
meus ouvidos. Obrigado Pedro Souza, espero que esteja em algum lugar iluminado.
Não precisa ter Dez mil Anjos ao seu redor (que tirada mais piegas da minha
parte, mas tudo bem.), mas que esteja cheio de paz espiritual. Só resta mesmo é
assistir aos registros de imagem que ficaram do Peu fazendo suas maluquices do
tipo abrir a janela da van em movimento e gritar feito louco para a fila que
aguarda o show da Pitty, dele se esquecendo de sua guitarra dentro do taxi a
caminho de um show, das histórias dele subindo no telhado bêbado e todos ficando
preocupados temendo que ele se jogasse e também da vez em que ele se agarrou ao teto do
camarim se sacudindo e berrando “I Feel Good”, enquanto todos
gritavam “- Olha a Lâmpada!”, e a mesma ficando pendurada. Abaixo deixo alguns
vídeos do guitarrista.
Abaixo deixo o link do vídeo extraído do dvd Admirável vídeo novo. Como eu sinto falta do meu que se perdeu totalmente.
O
Diesel foi uma banda de rock mineira que se influenciou visivelmente no
movimento grunge. Um fato ousado que comprova isso foi a frase dita pelo
vocalista Gustavo Drummond em um dos primeiros shows: “Nós somos a banda cover
do Alice in Chains”. A banda se formou em Belo Horizonte – MG em 1997 e aos
poucos foi conquistando espaço no cenário musical não apenas de Minas, mas
também de outras cidades do Brasil. Após vencer a Escalada do Rock os quatro
músicos, Gustavo Drummond, Leonardo Marques, Thiago Correa e Jean Dolabella,
conquistaram o direito de tocar no Rock’n Rio 3 em 2001 na mesma noite em que o
Silverchair, o Deftones e o Red Hot Chili Peppers. Show esse que na minha
opinião foi muito bom, mas poderia ter tido uma duração um pouco maior já que
foi interrompido antes de terminar devido a um problema.
A
atitude da banda e a presença em cima do palco mostrou que o Diesel havia
chegado com tudo e parecia que iria ficar. Foi nesse mesmo ano também que a
banda gravou o clipe com a música “4D” e concorreu no VMB na categoria de
melhor demo clipe. Eu pessoalmente torci muito por ela porque achei a música
muito boa. Lembro de ficar com o refrão dela incrustado na mente por dias. Mas
infelizmente o Diesel não foi o vencedor dessa categoria.
Com
uma boa repercussão e uma crescente visibilidade na mídia, os quatro rapazes
decidiram então arriscar alçar voos mais longínquos e tentar uma carreira
internacional assim como o Sepultura fez. Se mudaram então para Los Angeles na
Califórnia. E em 2005 lançaram o álbum “Liberty Square”. O nome é uma
referencia a saudosa Praça da Liberdade, local muito conhecido por nós mineiros
de Belzonte.
Após
cinco anos tentando se impor em uma concorrida indústria fonográfica e muito
distantes de casa os quatro rapazes voltaram para BH e além da mudança no nome
Diesel para Udora, trouxeram também na bagagem uma experiência musical muito
grande. Pena que a frustração dos anos lá fora foram tirando a garra dos
integrantes que se renderam em compor músicas em Português (exigência essa
feita por gravadoras nacionais em 2001 e recusada pela banda).
Por
volta de 2007 o baterista Jean Dolabella deixou o Udora para integrar o
Sepultura, substituindo Igor Cavalera. O baixista Thiago Correa também deixou a
banda nesse mesmo ano. Foi lançado então Goodbye Alô. O trabalho mais recente
dos caras é o álbum Belle Époque de 2011.
Bem,
o que posso dizer mesmo é o seguinte. Gosto mais do início do Udora quando
ainda era Diesel. Como citei um pouco acima a postura e a atitude dos caras
eram admiráveis. As músicas também pareciam ser mais fortes com aquele espírito
jovial de renovação e contestação. Até mesmo o fato dos caras se recusarem a
baixar a cabeça para as gravadoras e insistirem a cantar em inglês demonstrava
uma atitude e ousadia que muitos músicos não possuem.
O
grande problema na minha opinião foi o fato deles terem almejado algo muito
arriscado e terem dado um passo maior do que a perna conseguiu dar. Terem saído
do país só acabou frustrando e desiludindo os integrantes. Poderiam te
permanecido no Brasil e se mantido de maneira independente. Talvez assim teriam
mantido a qualidade e sonoridade do primeiro álbum. Ao passar a compor
completamente em Português o Udora acabou caindo na mesma onda que bandas como
o Leela, o Luxuria e tantas outras bandas surgidas na última década caíram.
Músicas bonitinhas que podem até ser lembradas por um tempo, mas que depois de
alguns anos são esquecidas. Minha bronca não é por causa da escolha deles em
cantar em Português, mesmo porque acredito que uma banda nacional deve honrar
sua nacionalidade, mas pelo fato das músicas terem perdido aquela essencia de
antes. Em outras palavras, o Udora se tornou uma bandinha pop, deixando o rock
um pouco de lado. Acredito que o Diesel foi uma das (se não foi a única) banda
grunge nacional e é por isso que recomendo o primeiro álbum da banda. Pena que
toda aquela postura do início acabou morrendo na praia. Abaixo deixo alguns vídeos bem legais.
Aqui em baixo deixo os links para os dois vídeos com a apresentação da banda no Rock'n Rio 3 ocorrido no ano de 2001.