quarta-feira, 2 de março de 2011

Coisas de Fã Nº01



Há alguns dias eu andei remexendo alguns cadernos velhos onde eu escrevia cifras de guitarra e algumas letras e traduções de músicas das bandas que eu gosto. Fato é que nesses cadernos também eu colocava alguns desenhos que eu fazia para “enfeitar” mais meus cadernos de cifras. Irei postar aqui alguns para vocês verem. Vale ressaltar que a maioria deles é de 2005.

Kurt Cobain retirado diretamente de um antigo caderno de aula. (Esse na verdade é de 2003).

Kurt, Chris e Dave gravando “Seasons in the Sun” aqui no Brasil.
Outro do Nirvana.

Silverchair no show em que alguém acertou Daniel Johns na cabeça e a câmera da mãe dele foi roubada.
 
Slipknot

Yu Yu Hakusho

Yusuke Urameshi é um garoto de 14 anos que morre atropelado na tentativa de salvar um garotinho. Porém ainda não era a hora de Yusuke morrer, ele recebe a chance de reviver, mas a princípio não aceita. Ele é um bad-boy, mas também não é tão mal assim, após ver seu velório Yusuke muda de ideia e começa completando algumas missões para poder reviver.
Depois que ressuscita, ele se torna Detetive Sobrenatural e além de ter que passar por treinamento para se doutrinar, ele tem que cumprir missões que na sua maioria é derrotar algum monstro ou demônio. Yusuke também ganha poderes sobrenaturais, como sua principal arma, o Leigan. De início se juntam a ele Kazuma Kwabara, seu maior rival que com o decorrer se torna um grande amigo e também Kurama e Hiei, dois demônios do Makai que se tornam aliados.
Juntos eles participam do Torneio das Trevas, impedem que Sensui abra um portal que liga diretamente o Mundo dos Homens ao Mundo das Trevas (Makai) e ao fim Yusuke vai encontrar seu pai no Makai (Kwabara quase não participa dessa fase).
No mês de março de 1997, Yu Yu Hakusho estreou na TV brasileira sendo transmitido pela lendária Rede Manchete. Logo em seu primeiro episódio ele se mostrou diferente dos demais Animes pela morte do protagonista, a parte do velório de Yusuke realmente é bem emocionante. O que me chamou mais atenção em Yusuke é o fato dele ser um herói diferente, ele é bem humorado, atrapalhado e em alguns pontos acaba contando com a sorte, como quando ele lutou contra Hiei e ao disparar seu Leigan como última tentativa de combater o oponente, vê o tiro sendo refletido pelo espelho das trevas. Ou como na vez em que caiu em um buraco sem querer ao tentar desviar do ataque de um inimigo e também quando não pôde escutar a música que fazia as pessoas encolherem por ter um pouco de musgo nos ouvidos.
Isso não é tudo, todos os personagens de Yu Yu Hakusho são bem carismáticos e cada um tem sua personalidade distinta. A dublagem brasileira também deu um pouco de sua “colaboração” para fazer alguns jovens se identificarem com o Anime, algumas gírias da atualidade foram implantadas no Anime e em alguns momentos chegava a ser engraçado ver a torcida no torneio das trevas gritando com todo fervor “- Ah, eu tô maluco!”.
Não demorou muito para Yu Yu Hahusho se tornar meu Anime favorito, disputando pau a pau com os Cavaleiros. Desde criança eu sempre gostei de desenhar, mas meus desenhos não eram tão bons assim e eu sempre desenhei mais por prazer. Se foram os Cavaleiros que permitiram que o meu prazer em desenhar se tornasse uma paixão, foi Yu Yu que me deu vontade de desenvolver meus próprios traços e criar meus personagens, consequentemente me fazendo assim criar minhas histórias. Para sempre irei guardar na memória esse grandioso Anime. Yusuke Urameshi, não conheci o outro mundo por querer!

Sonic Adventure

Me lembro de quando foi lançado o Sega Dreamcast e dos vídeos que via do jogo Sonic Adventure. Lembro que me impressionei com tamanha velocidade do jogo e gráficos praticamente perfeitos. Na época a Sega desbancou a Nintendo no quesito gráfico com os 128 bits do Dreamcast.
Tempos depois, um amigo meu trocou seu Nintendo 64 com alguns jogos, cartucho de expansão, memory card e rumble Pack, por um Dreamcast. Ele me mostrou o CD com alguns demos dos jogos e os que mais me impressionaram foram o Dead or alive e o Sonic adventure, no qual só se podia jogar a primeira fase. Mais um tempo se passou e esse amigo comprou o jogo do Sonic.
Ele deixou seu Dreamcast emprestado comigo por quase um mês. Eu e meu irmão jogávamos quase que o tempo todo e juntos chegamos ao final do Sonic. O que mais nos impressionou além da velocidade e jogabilidade, era a sensação de realismo em algumas fases, como na penúltima fase do Tails. As músicas do jogo também são bem empolgantes, a história bem criativa não força você a ser um grande fã da série para gostar do jogo. Por fim é um jogo bastante divertido que vale muito a pena ser jogado.

A Marca de uma lágrima

Isabel é uma garota de 14 anos que se acha feia e que seu pior inimigo é seu espelho. Ela acaba se apaixonando por Cristiano, um primo que ela já não via desde a infância, mas acontece que Rosana, sua melhor amiga também se apaixona pelo rapaz. Isabel acaba escrevendo lindos poemas para ajudar a amiga a “impressionar” seu até então namorado. Entre o sofrimento de Isabel ao ajudar a amiga a conquistar o rapaz que as duas amam e a rotina de estudante, acontece a inesperada morte da diretora da escola.
Isabel presencia a descoberta do crime e acaba se envolvendo contra sua vontade, tornando-se assim uma possível suspeita. Com todos esses acontecimentos, Isabel nem percebe que despertou o interesse de outro garoto, Fernando que insiste em tentar conquistar o coração de Isabel. Como ficará a vida de Isabel após toda essa confusão? Conseguirão descobrir quem é o assassino da diretora Dona Albertina? Leia esse espetacular livro e descubra.
Lembro de quando li esse livro, no início pensei estar lendo outra “Mariana” (outro livro de Pedro Bandeira que ainda colocarei resenha aqui), mas com o decorrer da história acabei absorvido por ele. Isabel é uma personagem bastante inteligente e sensível, seus poemas são bem profundos e bonitos. A trama também é muito boa, em alguns pontos do livro você não consegue parar de ler. Me lembro que enquanto lia o livro por várias vezes tive vontade de entrar na história (mesmo sabendo que é impossível) e dar uns sacolejos em Isabel para mostra-la que imagem não é tudo. De que adianta ser uma pessoa linda por fora e por dentro ser alguém vazio, sem ter algo a compartilhar, sendo um ser estragado?
Me lembro que na parte do bombom, também tive vontade de entrar na história para dar um tapa na mão de Isabel (quem já leu o livro sabe do que estou falando). O desfecho do livro também é muito bom, me surpreendeu em vários momentos. Dos livros que já li do Pedro Bandeira esse é praticamente o melhor, não desmerecendo os outros, ele realmente é apaixonante, então não desperdice a oportunidade de viajar por essas 176 páginas (que na versão mais atual é de 184 páginas) e conheça os dilemas e problemas da adorável Isabel. Livro recomendadíssimo!

Silverchair





Dessa vez vou falar um pouco sobre o Silverchair. Uma banda de rock formada por verdadeiros prodígios porque foi formada quando eles ainda tinham apenas 12 anos de idade. Por ter sido revelada em 1995 foram logo tachados de Nirvana de pijamas, pela formação e características físicas das duas bandas serem parecidas, mas independente das comparações eu particularmente acho que o Silverchair deve ser visto pelo que eles são, pelo som que fazem e não pelas comparações que são feitas. Para mim a banda é dividida em duas fases, a primeira que engloba os dois primeiros Álbuns por ser mais barulhenta e a segunda que engloba os três últimos Álbuns por ser mais melancólica. Pessoalmente eu prefiro a primeira fase da banda.
O primeiro Álbum “Frogstomp”, é muito bom e apesar de não ter muitos overdubs e ser um pouco simples, ele marcou sua época. Já o seu sucessor “Freak Show”, veio com mais peso, mais barulho. As músicas de “Freak Show” são mais soturnas e por isso ele é meu Álbum favorito do Silverchair. Minha história com ele se iniciou logo quando eu comecei a gostar de rock, eu com meus 14 anos já fascinado por Nirvana recebi a indicação de escutar Silverchair. O primeiro Clipe da banda que eu vi foi o da música “Cemetery” e confesso que não gostei, mas naquela época o Álbum “Neon Ballroon” já havia sido lançado, após ver o clipe de “Anthem for the year 2000”, resolvi dar uma chance para a banda e peguei emprestada uma fita com as músicas do “Freak Show”. Após comprovar que o som da banda era realmente bom comecei a me tornar fã.
Após alguns anos desejando tanto o “Bleach” do Nirvana quanto o “Frogstomp” do Silverchair, (o que na época era muito difícil de conseguir) um amigo que passava por uma loja encontrou o CD do “Frogstomp” á venda em uma promoção e se lembrou como eu estava louco atrás daquele Álbum. Esse amigo comprou o CD e me revendeu. Por muito tempo eu fiquei absorvido pelas músicas do “Frogstomp”, mas meu favorito mesmo de longe era “Freak Show”.
Do “Freak Show” as músicas que eu destaco são: “Slave”, “Freak”, “Abuse me”, “Lie to me”, “No association”, “Pop song for us rejects”, “Learn to hate”, “Roses” e “The Closing”. Não que as outras músicas sejam ruins, mas as que eu citei são as minhas favoritas.
            Por muito tempo o Nirvana e o Silverchair reinaram no meu gosto musical, são minhas bandas favoritas e foram as bandas que me ensinaram a escutar música de verdade, também foram as bandas que me incentivaram a querer aprender a tocar guitarra e me inseriram no mundo da música completamente. Por muito tempo também, eu não me sujeitava a procurar e gostar de outras bandas. Eu temia que se gostasse de alguma outra banda poderia esquecer as minhas duas favoritas, mas acabei aprendendo que elas não seriam esquecidas e que se eu gostasse de outras bandas estaria apenas acrescentando mais variedade na minha bagagem musical. Hoje em dia é difícil contar nos dedos quantas bandas eu escuto e gosto, mas essas duas bandas, Nirvana e Silverchair sempre estarão gravadas em meu coração, mesmo que ninguém entenda o elo que eu formei com elas.

Mamonas Assassinas


Começo essa postagem fazendo uma singela homenagem a esse grupo de músicos que nos deixou há 15 anos. Me lembro do dia em que cheguei da escola em casa e meu irmão me mostrou a fita k7 que havíamos ganhado, eu estava com 11 anos na época. Ao escutar a fita dei umas risadas a princípio, mas o que eu mais gostava daquela fita não era do deboche e nem dos palavrões (acreditem, é verdade), o que mais me atraia nos Mamonas era o instrumental, a guitarra destorcida, o barulho.
Confesso que minha fita era pirata (em 1406, por exemplo, a música ficava o tempo inteiro na quarta estrofe apenas), muitas palavras não eram entendidas a princípio, mas o arranjo das músicas era muito bem feito. Me lembro que eles eram a sensação do momento para muitas pessoas, nas escolas as crianças só não podiam cantar as músicas por causa dos palavrões, mas nas festas onde havia algum violão, sempre tinha quem se arriscava a tentar tocar algumas das músicas deles e as pessoas em volta cantavam para acompanhar.
Outra coisa que me lembro bem é do Reveillon de 1995 onde os Mamonas foram convidados para tocar, enquanto tocavam “Vira-vira”, na parte onde o Dinho dá um arroto, ele virou para a câmera e disse: “- Foi o peru.”, na minha casa não teve quem não riu. Mas na manhã do dia 02 de Março de 1996, no momento em que acordei, enquanto arrumava minha cama, minha mãe me contou que os Mamonas tinham morrido, não me importei muito a princípio por ter achado que apenas um ou outro dos membros havia morrido. Quando fui tomar café da manhã, me sentei no sofá com o copo de leite na mão, meu irmão assistia os desenhos que estavam passando e no intervalo veio aquele plantão da Globo (que diga-se de passagem no mínimo sinistro, porque sempre que ele aparece é para anunciar a morte de alguém) noticiando que havia sido encontrado o último corpo do acidente ocorrido com o avião onde viajavam a banda Mamonas Assassinas e vitimou todos os integrantes. O corpo restante dentro de uma espécie de lona sendo carregado por um helicóptero até uma serra próxima ao local do acidente era o do vocalista Dinho.
Naquele momento percebi a gravidade e o choque do ocorrido. Pelo resto do dia todas as emissoras de TV falavam da mesma coisa, a tragédia com os músicos da banda Mamonas Assassinas. No Domingo Legal lembro que todo mundo estava chorando sem parar, tanto o Gugu quanto seus convidados, ninguém quis nem brincar das provas do programa. Naquela época o canal que mais te deixava informado era a Globo.
Já á noite, o Fantástico fez uma edição totalmente dedicada aos Mamonas e no fim da noite, foi muito triste ver os Mamonas cantando “Sabão crá-crá” colocando o “Pííí”, na letra no lugar do “saco” e logo em seguida ver as letras de encerramento subindo com uma foto deles ao fundo e tocando uma versão muito triste e instrumental de “Pelados em Santos”.
Anos se passaram desde então, os Mamonas já não eram tão lembrados como em 1995, mas eu sempre continuei a admirar o trabalho dos caras. Todos eram de fato ótimos músicos, é só escutar a guitarra do Bento imitando desde o tema do Pica-pau a uma vaca mugindo. O Baixo do Samuel fazendo ótimas passagens na música, a bateria do Sérgio com suas viradas e batidas fortes, a voz do Dinho que mudava facilmente de tom e interpretação de acordo com a música e o teclado do Júlio mantendo a harmonia das músicas. Dizem que as músicas parodiadas e escrachadas foram as grandes responsáveis pelo sucesso do grupo que outrora foram mais sérias, quando o grupo era conhecido como Utopia, mas eu acredito que era por algo a mais do que só isso.
Por exemplo, é só pegar a música “Cabeça de Bagre II” e escuta-la prestando atenção de outra forma. A música não é apenas um deboche, uma zoação, ela é também uma espécie de crítica disfarçada, mesmo a letra não fazendo muito sentido para alguns. Eu confesso que quando eu escutei as músicas de quando a banda era apenas Utopia, eu as achei realmente um pouco fracas, mas como Mamonas Assassinas, não foi somente o fato das músicas serem boas que os levaram ao estrelato, mas também a “aposta”, a “chance” dada pela gravadora e por todos envolvidos na gravação daquele álbum.
Ainda assim os Mamonas sempre ficarão marcados na minha memória não pelo jeito trágico como morreram, mas por todo esforço deles em lutar para realizar um sonho e não desistir até conseguir. Mas um fato triste que consequentemente também ficará marcado na minha memória são algumas fotos que vi há uns dois anos na internet. Estava eu procurando fotos deles e acabei encontrando um link que dizia conter fotos dos corpos deles. Eu não acreditei que pudesse ser real porque já vi uma foto de zoação onde tinham cinco mamonas espetadas em palitos de dentes em cima da grama de um jardim. Porém quando abri o site, dei de cara com fotos que parecem estar longe de ser simples montagens e ver o corpo do Dinho sem os braços, a perna do Samuel torcida de uma forma anormal, o corpo do Júlio sem cabeça com apenas a carne do rosto pendurada e a cabeça separada em outra foto, achei aquilo forte demais. Tá certo que se encontra todo tipo de louco na internet, mas achei tudo aquilo algo meio apelativo. Nesse mesmo site se podem ver outras fotos de outras celebridades mortas, como o corpo do Elvis no caixão, Marilyn Monroe inchada e outras atrocidades. Pessoalmente não são fotos que eu gosto de ver com frequência e somente estou citando elas aqui porque quando fui procurar alguma foto legal dos Mamonas para colocar aqui, me vi diante daquelas fotos deles mortos novamente. É muito fácil encontra-las na internet, é só colocar Mamonas Assassinas no Google Imagens e logo aparecem algumas entre as fotos deles vivos. Vivos...é do jeito que gosto de lembrar dos Mamonas e apenas para encerrar, deixo aqui gravado que não importa a época, não importa se ainda são lembrados ou não, o primeiro e único álbum dos Mamonas Assassinas é muito bom e recomendado.
É mamonananás, mamonananás, mamonananás, mamonananás, mamonananás, mamonananás, mamonananás assassinananás, hehehehe!
Abaixo alguns links de vídeos legais dos mamonas:
            http://www.youtube.com/watch?v=r2tuXQgKuOo
Aqui uma foto da época em que eram apenas Utopia