segunda-feira, 13 de maio de 2013

Promoção "Coração Paterno"


Pessoal, estou realizando uma queima de estoque do meu livro “Coração Paterno”. Cada exemplar será vendido por R$19,90 e não é apenas isso. Além de adquirir o livro, cada comprador irá concorrer a uma pequena caixa recheada de prêmios. Interessados leiam com atenção abaixo os procedimentos para a realização da compra e as regras para o sorteio da caixinha.

Como comprar o livro
Ø  O primeiro procedimento é enviar um e-mail para silvaerrado@yahoo.com.br manifestando o desejo em adquirir o exemplar do livro “Coração Paterno”. O envio desse e-mail será necessário não apenas para manter contato, mas também para fornecer maior segurança a todos.
Ø  O pagamento do livro deverá ser feito através de Depósito Bancário. (Através do e-mail irei informar os dados necessários para a execução dessa tarefa.).
Ø  No caso de não encontrarem uma agencia do banco certo para realizar o depósito ainda há a opção de efetuar uma transferência bancária. Lembrando que para esse tipo de serviço os bancos cobram uma pequena taxa, mas isso é incluso no serviço deles, não no meu.
Ø  Após efetuar o pagamento o comprador deverá me enviar (de preferência digitalizado e por e-mail) o Comprovante de Depósito fornecido pelo banco. Esse comprovante será a confirmação que terei de que o pagamento foi devidamente realizado. NÃO realizarei o envio do livro caso não receba esse comprovante. (Sugiro que façam a digitalização do comprovante através de um Scanner ou Multifuncional. NÃO aceitarei imagens feitas por câmeras digitais ou de celular porque muitos desses aparelhos não possuem uma resolução adequada para esses fins.).
Ø  Se preferirem, poderão me enviar o comprovante pelo correio. Lembrando que nesse caso o envio do livro poderá demorar um pouco mais.
Ø  Com tudo isso feito, é só esperar em casa pelo envio do exemplar. Farei o frete de graça.

Podem até parecer muitos passos para efetuar a compra de “Coração Paterno”, mas opções não faltam. A única burocracia da qual os interessados irão ter de enfrentar é a fila do banco. Toda a parte difícil ficará para mim. Não se preocupem tudo o que estou propondo é altamente seguro, podem confiar. O que eu pessoalmente acho um tanto inseguro são aqueles sistemas de pagamento pela internet.

Caixinha de prêmios
Ø  Ao efetuar a compra do livro “Coração Paterno”, cada comprador será cadastrado em um banco de dados feito por mim no meu computador (tabela digital do tipo Excel mesmo) constando nome, endereço e e-mail para concorrer. Esse cadastro será necessário para que os compradores possam concorrer a caixinha de prêmios.
Ø  No ato do cadastro no meu banco de dados cada participante será representado por um número. Essa numeração será feita por ordem de compra. (EX: Joãozinho foi o primeiro a comprar o livro, seu número será o 001. Mariazinha foi a segunda a comprar o livro, seu número será o 002. Ricardão foi o terceiro a comprar o livro, seu número será o 003. E assim por diante.).
Ø  Após a vendagem do livro para o comprador de número 50 (cinquenta), será feito o sorteio de um dos números. O ganhador será comunicado por e-mail e deverá responder no prazo de três dias, caso contrário será realizado um novo sorteio.
Ø  Serão sorteados dois pacotes surpresa. Poderá ser sorteado um terceiro item, mas isso dependerá de como irão fluir as vendas. Aos poucos poderei postar fotos mostrando alguns dos itens presentes nos pacotes.

Bom pessoal é isso. Espero que gostem dessa promoção e desejo sorte a todos. Abaixo deixarei os links para mais informações referentes a “Coração Paterno”. Qualquer dúvida, queixa, elogio, ou qualquer outra manifestação, favor deixar nos comentários.

Sinopse

              BookTrailer Atualizado

               Primeira Resenha

                Resenha Informal

               Book Tour

               Curiosidades



domingo, 12 de maio de 2013

Somos tão Jovens


Sim, eu sei que essa é a terceira postagem voltada para a música este mês, mas é que após a triste notícia da morte do Peu, veio o grande dia de eu ver esse aguardado filme. Desde o início do ano esperava pela estreia e tentei ao máximo não ficar tão ansioso para não sofrer nenhuma possível decepção. No meiosinho do ano passado eu fiquei sabendo das duas produções cinematográficas que abordariam a vida e a obra de Renato Russo. Vou confessar que não esperava muito de nenhuma das duas porque o Brasil tem o péssimo hábito de não dar importância para produções nacionais. Tudo o que temos de destaque nos cinemas são comédias que são em sua maioria desnecessárias. Além do tão falado “Central do Brasil” que até hoje não entendo porque concorreu ao Oscar.
Bem, voltemos então a falar de “Somos tão Jovens”. O filme aborda a adolescência do icônico líder da Legião Urbana, Renato Russo. Começando logo quando foi descoberta a Epifisiólise no jovem e termina quando a Legião foi formada e se preparava para ir para o Rio de Janeiro. Na verdade eu só quis mesmo ir ver ao filme no cinema por causa do som. Me tornei um fã legítimo da Legião Urbana depois de ver o “Capital Inicial Especial MTV Aborto Elétrico”. A primeira banda do Renato Russo abriu meus ouvidos para o rock de Brasília, em especial para os primeiros álbuns da Legião Urbana. (Para ver a postagem que fiz referente à Legião Urbana basta clicar aqui). Sabendo da parte musical do filme logo me interessei em ouvir o Aborto Elétrico no sonzão de qualidade do cinema. A história em si também é muito bem elaborada. Tem alguns momentos em que nos perguntamos se realmente tudo aquilo aconteceu, assim como tem alguns trechos nos quais acontecem coisas das quais os mais informados já sabem que é real.
Não vou falar das cenas do filme para não estragar a surpresa de quem pretende ir vê-lo. Então falarei da minha impressão a respeito da parte técnica e artística. Sei que muitas pessoas torceram o nariz para o ator Thiago Mendonça, mas eu pessoalmente achei toda a escalação de elenco muito boa. Todos os atores possuem uma semelhança incrível e também todos interpretaram de maneira impecável. Dá para sentir a sinceridade e entrega de cada um, mesmo os que pouco aparecem. A fotografia do filme é outro ponto que me fascinou bastante, os ambientes, os equipamentos utilizados pelas bandas, até mesmo a lanchonete Foods e o caminhão que a turma de Brasília usava para realizar os shows ficaram idênticos aos vistos nas fotografias antigas. Percebe-se que foi feito um trabalho altamente minucioso para chegar a esse resultado. Mais um ponto forte é o figurino. A caracterização geral ficou fantástica.
Logo no início do filme a impressão que tive foi a de que todos da equipe devem ter trabalhado muito pesado para trazê-lo para as telonas. E que só foi possível realiza-lo graças ao apoio de grandes e poderosas empresas. Como eu disse acima, para o Brasil é melhor investir em uma porra de um esporte que não ajuda ninguém a nada e ainda arrecada um lucro absurdo que não é utilizado em nenhuma melhoria vital como saúde e educação. Infelizmente para o Brasil cultura é ver um bando de marmanjos correndo atrás de uma droga de bola estúpida.
Confesso que em toda a minha vida nunca senti tanta vontade de ir ao cinema assistir a um filme tanto quanto foi agora. “Somos Tão Jovens” é um registro que vale a pena de ver por vários motivos. Mesmo já conhecendo bem alguns acontecimentos retratados no filme ainda foi algo diferente de se ver. Muitos já tentaram realizar produções que homenageassem Renato Russo, mas a grande maioria pecou em um ponto ou outro. Como aquele especial da Globo, “Por Toda minha vida”. O ator que interpretou o Renato pode até ter feito uma atuação aceitável, mas ele era um ator e não um cantor. A voz do mesmo não chegava nem perto da voz do Renato. Tinha um tom sonoro muito baixo. Já com os atores de “Somos Tão Jovens” a história foi diferente. Absolutamente todos realmente tocaram seus instrumentos e os vocalistas cantaram pra valer. Não teve nada de Playback. Graças ao grande produtor musical, antigo tecladista da Legião e amigo de Renato Russo, Carlos Trilha.
Adorei as cenas com o guitarrista André Pretorius. O sotaque característico dos gringos presente no personagem foi algo bem interessante. Me identifiquei muito com o jeitão rebelde e revoltado do cara. A cena do show com ele tocando foi simplesmente visceral. Pena que foram poucas as cenas do personagem. Também confesso que me identifiquei com o Renato Russo em alguns pontos, como o inconformismo de ver o país ameaçar ruir e ninguém manifestar nenhum desejo de mudança. E também a vontade de fazer algo sem precisar ter que dar satisfação a ninguém. Além da vontade de realizar algo grande de verdade que faça as pessoas contestarem.
Uma atriz que me surpreendeu bastante foi a Laila Zaid. Eu já a conhecia da novelinha adolescente Malhação do tempo em ela interpretava a estudante Bel. A raiva maior que eu tinha daquela personagem era o fato de ela roubar várias gírias que eu costumava usar na época. Sem contar que são pouquíssimos atores que passam pela Malhação e mostram um talento verdadeiro. A Aninha ficou incrível. A cena dela e do Renato que mais gostei foi a parte em que o Renato toca “Ainda é Cedo” pela primeira vez. Além da cena ser maravilhosa, dá para sentir uma forte sinceridade emocional e um amadurecimento nas composições do Renato Russo.
Outra personagem que atuou na Malhação (como a Rita, também conhecida na novela como a ‘garota do buraco’) e que parece realmente estar despontando no cinema nacional é a atriz Olívia Torres que interpreta a Gabriela. Mas as cenas dela foram poucas perto dos outros personagens. As citações de alguns trechos de canções de Renato Russo foram bastante exploradas. Participações de pessoas presentes na vida do músico também foram inseridas de forma bem sutil. Destaque para Philippe Seabra da Plebe Rude que interpretou o prefeito de Patos de Minas - MG, cidade onde ocorreu o primeiro show da Legião. Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo também fez uma pequena participação, além de Carmem Teresa, irmã do Renato. Mas não irei revelar em que momento ocorrem essas duas participações.
Fazendo uma pequena comparação com outras produções que retratam a vida de algum musico, achei “Somos Tão Jovens” a melhor que já vi até agora. O filme “Cazuza - O Tempo Não Para” contando a vida do Cazuza me desapontou e muito. Se o Cazuza era tudo aquilo que foi mostrado no filme, para mim ele não passava de um filhinho de papai que possuía uma cabeça de vento que preferia ter milhões de amigos podres a ter poucos verdadeiros. (Sei que enfrentarei uma série de críticas sobre esse comentário, mas opinião é opinião. Tenho todo o direito de não gostar de coisas das quais outras pessoas gostam. Assim como muitas pessoas tem todo o direito de detestar coisas das quais eu tanto gosto.).
Outro filme baseado em vida de músico que eu simplesmente odiei foi o tão aclamado “Last Days” que foi baseado nos últimos dias de vida de Kurt Cobain. Vou abster meu ponto de vista sobre esse filme porque realmente o detestei. Também tem aquele filme “Singles - Vida de Solteiro” que se baseou na cena musical de Seattle no início dos anos noventa. A história é legalzinha, mas o filme em si é bem fraco. O que vale a pena nele são apenas a trilha sonora e a participação de músicos no longa.
Bom, sobre “Somos Tão Jovens”, acho que já falei tudo sem fazer Spoiler. Então não percam tempo em ir ao cinema não apenas para prestigiar o cinema nacional, mas também para apreciar uma verdadeira obra de arte digna de prêmios. Dentre eles, poderia até ser indicado ao Oscar. Para quem já assistiu ao Documentário “Rock Brasília: Era de Ouro” e ao “Capital Inicial Especial MTV Aborto Elétrico” fica mais fácil entender alguns acontecimentos do filme, mas isso não impede quem ainda não os viu a ter uma boa compreensão do longa também. Espero ainda poder ver ao filme mais vezes antes dele sair de cartaz para poder reparar em detalhes que não reparei de primeira. Mas se não conseguir também não importa porque com certeza comprarei o DVD quando sair.
Ah, só mais uma coisinha, no fim do mês irá estrear nos cinemas o filme “Faroeste Caboclo”, baseado na canção de mesmo nome e que demorou muito mais para estrear do que “Somos Tão Jovens”. Mas para esse filme eu posso até esperar chegar em DVD. A empolgação estava em cima de “Somos Tão Jovens” mesmo. Abaixo deixarei um vídeo e o link para um blog voltado a “Somos tão Jovens” e um vídeo. Enjoy.


Peu Sousa (R.I.P)


No princípio da semana passada fui pego de surpresa por mais uma fatal perda no mundo da música. Faleceu no dia cinco de Maio, Peu Sousa guitarrista da banda da Pitty entre 2003 e 2005. Fiquei bastante triste, pois o admirava muito. Ele tinha um jeito único de tocar guitarra e realmente se envolvia de forma profunda com a música em si.
Como conheço o trabalho da roqueira Pitty desde 2003 acabei me familiarizando com os músicos que a acompanhavam. Vendo os especiais de TV como o Família MTV da Pitty, era como se já conhecesse a todos há muito tempo. Embora não os conhecesse pessoalmente. O jeito maluquete do Peu me fazia dar boas risadas. Ele parecia ser realmente um cara de bom astral e de bem com a vida. Vendo o DVD “Admirável Vídeo Novo” isso podia ser comprovado (assisti esse DVD tantas vezes que houve até uma perda total no meu). Nesse mesmo registro pude ver a admiração do guitarrista por outro músico, Emerson Boréu. Peu dizia que Boréu era um de seus heróis e que por aquele dia ele próprio estava sendo Emerson Boréu também. Além de portar uma Stratocaster vermelha idêntica a de seu herói.
No iníciozinho de 2005 soube que Peu deixou a banda da Pitty. Confesso que pensei que o som da banda ficaria defasado sem a presença dele na guitarra, mas acabei aceitando bem a chegada do Martin e como coloquei na postagem que fiz sobre a Pitty, me identifico muito mais com o jeito do Martin tocar porque ele tem um grande forte nas bases e o Peu já tinha um grande forte nos solos. (Quem quiser ver essa postagem completa é só clicar aqui.). Mas nada disso me impedia de gostar dos solos psicodélicos e bem estruturados do Peu.
Quando o Peu formou a banda Trêmula eu torci pelo sucesso da mesma porque quando escutei “Selvagens Procurando Lei” achei a letra muito boa. Aquele refrão dizendo: "Parte do que sou estava no lixo quando te encontrei", ficou preso na minha cabeça por muito tempo. Pena que o vocalista abandonou o projeto já quase finalizado.
Outro projeto do qual o Peu participou e eu pessoalmente não me vi interessado foi a super banda Nove Mil Anjos contando também com o baixista Champignon e Junior Lima na bateria, além do desconhecido até então vocalista Péricles Carpigiani. Desde que escutei a primeira música do grupo já imaginava que aquele projeto não iria emplacar por muito tempo. Pessoalmente achei infeliz a escolha da primeira música deles para trabalho. A música “Chuva agora” Não me agradou nem um pouco. Poderiam ter escolhido outra música. Mas enfim, a Nove Mil Anjos não durou muito e novamente o Peu ficou sem banda visivelmente destacada pela mídia. Até que ocorreu o que ocorreu.
Não vou julgar o ato suicida do Peu, mesmo porque muitos já devem estar fazendo-o. Mas fiquei triste por ver mais um musico do qual eu admiro partir dessa forma tão trágica. É o segundo esse ano. Primeiro foi o Chi Chang do Deftones, agora o Peu. Mais um talento indo embora e deixando o Brasil carente de mais um roqueiro dos bons. O que me deixa mais triste é ver o descaso da mídia. Se não fosse o sensacionalismo do Yahoo eu nem teria descoberto o fato. De tudo o que já fez, Peu foi lembrado apenas de que foi um dos músicos da banda da Pitty. E eu não vi nenhuma homenagenzinha em nenhuma emissora. Talvez seja porque não sou muito ligado em TV como era antigamente. Fato é que quando vi o clipe da Pitty “Dejá vu” na mesma semana do falecimento do musico foi inevitável não sentir uma sensação de nostalgia e tristeza ao mesmo tempo.  Sei que essa música foi composta em parceria entre a Pitty e o Peu, mas quem a gravou no álbum “Anacrônico” de 2005 foi o Martin. Ao ver o clipe também tive a sensação de que estava escutando o Peu tocando e não o Martin, principalmente nos trechos em que há um dedilhado quebrado entre o refrão e a estrofe.
O irônico para mim é que na semana anterior a morte do Peu eu me lembrei que esse ano o álbum “Admirável Chip Novo” da Pitty comemora dez anos. Ao procurar na internet vi que o álbum foi relançado em Vinil. Pensei comigo mesmo como seria legal se a Pitty largasse um pouco o Agridoce e fizesse um show comemorando esses dez anos de seu primeiro álbum, afinal se não fosse por ele ter sido lançado hoje em dia ela não seria tão popular quanto é. Pensei também como seria legal se ela chamasse o Peu para tocar  nesse possível show. Melhor ainda seria se ela resolvesse gravar um álbum novo com a banda sendo tão pesado quanto os dois primeiros e chamasse o Peu de volta. Logicamente que o Martin permaneceria na banda, mas seriam duas guitarras. O Martin tocando as bases e o Peu fazendo seus solos. Mas é claro, isso foi só uma piração de um fã que agora se tornará impossível de se realizar.
Bom, estou fazendo essa postagem (um tanto atrasada até), porque para mim foi como ter que dizer adeus a um amigo de escola daqueles dos quais já vivemos bons e maus momentos juntos e que já não temos notícias há bastante tempo. Fiquei a semana inteira sentindo uma leve tristeza e abatimento por causa da morte do Peu. A vontade que tive desde que fiquei sabendo do incidente foi a de dar um tapa na testa do rapaz e dar uma tremenda bronca dizendo coisas do tipo: “Não faça isso, Mané! Sua vida é preciosa demais para acabar assim!”, mas infelizmente nada do que eu possa fazer poderá melhorar essa situação. E agora só me restou fazer essa postagem para me despedir de um dos guitarristas mais talentosos que o Brasil já teve e agradecer por ele ter deixado registrado boas músicas para alimentar meus ouvidos. Obrigado Pedro Souza, espero que esteja em algum lugar iluminado. Não precisa ter Dez mil Anjos ao seu redor (que tirada mais piegas da minha parte, mas tudo bem.), mas que esteja cheio de paz espiritual. Só resta mesmo é assistir aos registros de imagem que ficaram do Peu fazendo suas maluquices do tipo abrir a janela da van em movimento e gritar feito louco para a fila que aguarda o show da Pitty, dele se esquecendo de sua guitarra dentro do taxi a caminho de um show, das histórias dele subindo no telhado bêbado e todos ficando preocupados temendo que ele se jogasse e também da vez em que ele se agarrou ao teto do camarim se sacudindo e berrando “I Feel Good”, enquanto todos gritavam “- Olha a Lâmpada!”, e a mesma ficando pendurada. Abaixo deixo alguns vídeos do guitarrista.


Abaixo deixo o link do vídeo extraído do dvd Admirável vídeo novo. Como eu sinto falta do meu que se perdeu totalmente.


Assim como a Pitty, nunca imaginei que um dia teria que dizer isso, mas... 
R.I.P Peu Sousa.


Diesel

O Diesel foi uma banda de rock mineira que se influenciou visivelmente no movimento grunge. Um fato ousado que comprova isso foi a frase dita pelo vocalista Gustavo Drummond em um dos primeiros shows: “Nós somos a banda cover do Alice in Chains”. A banda se formou em Belo Horizonte – MG em 1997 e aos poucos foi conquistando espaço no cenário musical não apenas de Minas, mas também de outras cidades do Brasil. Após vencer a Escalada do Rock os quatro músicos, Gustavo Drummond, Leonardo Marques, Thiago Correa e Jean Dolabella, conquistaram o direito de tocar no Rock’n Rio 3 em 2001 na mesma noite em que o Silverchair, o Deftones e o Red Hot Chili Peppers. Show esse que na minha opinião foi muito bom, mas poderia ter tido uma duração um pouco maior já que foi interrompido antes de terminar devido a um problema.
A atitude da banda e a presença em cima do palco mostrou que o Diesel havia chegado com tudo e parecia que iria ficar. Foi nesse mesmo ano também que a banda gravou o clipe com a música “4D” e concorreu no VMB na categoria de melhor demo clipe. Eu pessoalmente torci muito por ela porque achei a música muito boa. Lembro de ficar com o refrão dela incrustado na mente por dias. Mas infelizmente o Diesel não foi o vencedor dessa categoria.
Com uma boa repercussão e uma crescente visibilidade na mídia, os quatro rapazes decidiram então arriscar alçar voos mais longínquos e tentar uma carreira internacional assim como o Sepultura fez. Se mudaram então para Los Angeles na Califórnia. E em 2005 lançaram o álbum “Liberty Square”. O nome é uma referencia a saudosa Praça da Liberdade, local muito conhecido por nós mineiros de Belzonte.
Após cinco anos tentando se impor em uma concorrida indústria fonográfica e muito distantes de casa os quatro rapazes voltaram para BH e além da mudança no nome Diesel para Udora, trouxeram também na bagagem uma experiência musical muito grande. Pena que a frustração dos anos lá fora foram tirando a garra dos integrantes que se renderam em compor músicas em Português (exigência essa feita por gravadoras nacionais em 2001 e recusada pela banda).
Por volta de 2007 o baterista Jean Dolabella deixou o Udora para integrar o Sepultura, substituindo Igor Cavalera. O baixista Thiago Correa também deixou a banda nesse mesmo ano. Foi lançado então Goodbye Alô. O trabalho mais recente dos caras é o álbum Belle Époque de 2011.
Bem, o que posso dizer mesmo é o seguinte. Gosto mais do início do Udora quando ainda era Diesel. Como citei um pouco acima a postura e a atitude dos caras eram admiráveis. As músicas também pareciam ser mais fortes com aquele espírito jovial de renovação e contestação. Até mesmo o fato dos caras se recusarem a baixar a cabeça para as gravadoras e insistirem a cantar em inglês demonstrava uma atitude e ousadia que muitos músicos não possuem.
O grande problema na minha opinião foi o fato deles terem almejado algo muito arriscado e terem dado um passo maior do que a perna conseguiu dar. Terem saído do país só acabou frustrando e desiludindo os integrantes. Poderiam te permanecido no Brasil e se mantido de maneira independente. Talvez assim teriam mantido a qualidade e sonoridade do primeiro álbum. Ao passar a compor completamente em Português o Udora acabou caindo na mesma onda que bandas como o Leela, o Luxuria e tantas outras bandas surgidas na última década caíram. Músicas bonitinhas que podem até ser lembradas por um tempo, mas que depois de alguns anos são esquecidas. Minha bronca não é por causa da escolha deles em cantar em Português, mesmo porque acredito que uma banda nacional deve honrar sua nacionalidade, mas pelo fato das músicas terem perdido aquela essencia de antes. Em outras palavras, o Udora se tornou uma bandinha pop, deixando o rock um pouco de lado. Acredito que o Diesel foi uma das (se não foi a única) banda grunge nacional e é por isso que recomendo o primeiro álbum da banda. Pena que toda aquela postura do início acabou morrendo na praia. Abaixo deixo alguns vídeos bem legais.



Aqui em baixo deixo os links para os dois vídeos com a apresentação da banda no Rock'n Rio 3 ocorrido no ano de 2001.