sábado, 20 de abril de 2013

My Chemical Romance



No fim do mês de Março a banda Estado Unidense My Chemical Romance anunciou o fim e suas atividades. Aproveitando esse momento resolvi fazer uma postagem sobre a mesma.
A banda se formou em 2001 em Nova Jérsei e lançou ao longo de seus doze anos quatro álbuns de estúdio. São eles:  “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love” de 2002, “Tree Cheers For Sweet Revenge” de 2004, “The Black Parade” de 2006 e “Danger Days: The True Lives of The Fabulous Killjoys”, de 2010. Como dá para perceber, a banda se amarra em nomes longos não apenas para intitular os álbuns, mas também algumas músicas. Antes de terminar oficialmente, o My Chemical Romance ainda lançou um projeto de nome “Conventional Weapons”, uma espécie de EP com dez músicas inéditas até então, sendo lançado aos poucos com a divisão de duas músicas por mês.
As histórias por trás de cada álbum são bastante peculiares. Cada um possui uma temática diferente. O primeiro deles, “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love” relata a história dos Demolition Lovers, um casal que foi morto em um tiroteio, “Demolition Lovers” também é o nome da última canção que na verdade é um prelúdio para o próximo álbum da banda. Acontecimentos como o atentado as torres gêmeas em Setembro de 2001 serviram de combustível para Gerard Way compor as letras desse álbum.
Em “Tree Cheers For Sweet Revenge” a história dos Demolition Lovers é seguida de uma forma que se parece mais com o enredo de uma revista em quadrinhos, (Também pudera, Gerard Way é um desenhista de quadrinhos). Para reencontrar sua amada, o homem tem de voltar para a Terra e matar mil homens maus.
Em “The Black Parade”, as músicas foram compostas de uma maneira mais linear e subsequente. Se nos dois primeiros álbuns o ouvinte não consegue perceber uma ligação entre as músicas, nesse álbum a conecção parece ser bem mais direta. A história também foi modificada, já que a história dos Demolition Lovers se encerrou no álbum anterior. Dessa vez é mostrada a história do Paciente, um personagem que está em estagio terminal de câncer. De todos os álbuns do My Chemical Romance, esse é o que mais se aproxima de uma Ópera Rock.
Após um intervalo de quatro anos, foi lançado “Danger Days: The True Lives of The Fabulous Killjoys”. Diferente dos álbuns anteriores, esse álbum não aborda nenhuma história soturna referente à morte. Dessa vez a história é bastante futurista e mais uma vez lembra o enredo de uma história em quadrinhos. Cada integrante da banda assumiu a identidade de um personagem fictício. O grupo denominado Killjoys luta contra uma organização maligna. Até mesmo os clipes pareciam ter uma historinha fazendo a ligação entre os enredos, mas com o fim da banda possivelmente essa história não terá sequência e ficará incompleta.
Agora que fiz um breve balanço entre os álbuns da banda escreverei sobre a minha impressão sobre o trabalho todo da mesma. Para ser sincero, gosto de algumas músicas do My Chemical Romance. Acho a voz do Gerard Way muito boa e a banda também manda muito bem, só que prefiro os dois primeiros álbuns. Acho que “The Black Parade” é um tanto melancólico e um bocado mais pop. Já o último, “Danger Days: The True Lives of The Fabulous Killjoys” confesso que ainda não o escutei por inteiro, mas a impressão que tenho é de que as músicas estão mais dançantes com uma pegada muito eletrônica. De todos, o meu favorito mesmo é o segundo, “Tree Cheers For Sweet Revenge” pelo simples fato de ser mais pesado.
Conheci o My Chemical Romance em meados de 2005 quando vi o clipe da música “Helena”. Achei a música muito boa e o visual da banda no clipe também me agradou bastante. Aquele tom sombrio e ao mesmo tempo sério fazia parecer que a banda era mesmo muito boa. Na mesma época escutei essa mesma música no fim do filme “A casa de Cera”.
Foi difícil de encontrar o álbum “Tree Cheers For Sweet Revenge”, mas quando o comprei o escutei incessantemente por muito tempo. A estrutura do álbum em si é espetacular. A ambiência das músicas, a gravação forte e limpa do estúdio demonstravam um potencial grande. Descobri então que aquele era o segundo álbum do My Chemical Romance. Comecei a procurar o “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”, mas parecia algo inacessível até que foi instalada a internet aqui em casa. Foi quando pude conhecer o restante do trabalho da banda que até então era desconhecido. Para um primeiro disco, “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love” é para mim um álbum regular. As músicas são boas, mas demonstra o quanto a banda parecia ser realmente iniciante com todo aquele frescor promissor que as bandas novas tem e mostrando um espírito adolescente indignado com a situação com a qual vive. Ainda assim gosto dele e o recomendo.
As curiosidades que posso citar sobre a banda a maioria de vocês já deve saber. Gerard Way é desenhista profissional e escreveu uma série em quadrinhos chamada The “Umbrela Academy”. Além de ter criado em 2001 o desenho animado “The Breakfast Monkey”, desenho esse que foi recusado pelo Cartoon Network. Dentre suas influencias estão a banda de Chicago, “Smashing Pumpkings” (que por sinal são altamente visíveis) e o “Queen”, além de características provenientes da cultura japonesa. Prova disso está na parceria do rapaz com o músico Kyosuke Himuro. Sem contar também a parceria dele com outros artistas como o DJ DeadMau5 e bandas como “The Used” e “Every Time I Die”. Também posso citar que a discussão sobre a banda ser Emo ou não aborreceu os integrantes por muito tempo. Mikey Way, o baixista da banda é irmão de Gerard Way e Frank Iero tem uma outra banda chamada Leathermouth.
Uma pequena curiosidade pessoal que pude notar e não poderia deixar de compartilhar com vocês é a respeito da capa do álbum “Tree Cheers For Sweet Revenge”. Essa capa se assemelha muitíssimo com a capa do livro “Descanse em paz meu amor” do Pedro Bandeira. Vejam as capas abaixo e tirem suas conclusões. Para quem já leu esse livro sabe que as coincidências não param na capa. O enredo do livro também trás um tema bastante sobrenatural mostrando um conjunto de pequenas histórias que beiram o terror e o sobrenatural.
Enfim não tenho muito o que falar de mais. Na verdade a notícia do fim da banda não me chocou muito porque sei que os integrantes provavelmente irão formar outras bandas. Para encerrar essa postagem deixo a recomendação do Álbum “Tree Cheers For Sweet Revenge” inteiro, além de deixar alguns vídeos abaixo.
 
Vejam como as duas capas passam a mesma impressão. Na parte de baixo está a edição mais atual do livro. Na minha opinião, o rapaz da capa de baixo se parece muito com o Dante do Devil May Cry.

 Eu quis colocar esse clipe mesmo não sendo algo oficial porque achei bastante interessante e bem feito. Eu o vi pela primeira vez no Ya Dog, um programa extinto da MTV e que eu gostava muito.



Me lembro de ficar horas de frente a TV aguardando para escutar a tão comentada nova música do My Chemical Romance e quando eles tocaram ao vivo no VMA confesso que esperava um pouco mais. 
Quis colocar esse vídeo pelo mesmo motivo do vídeo de "Our Lady of Sorrows". Apesar de ser uma montagem feita por fã, o clipe é lindo e passa uma mensagem bem legal.
Do Danger Days, esse é o clipe mais legal que eu acho. Tem uma música dançante e pra cima.

 
Os dois clipes com uma historinha ligada e que eu ainda não vi continuação.
Uma das parcerias do Gerard Way.
Não sei quando o Gerard Way fez essa parceria, mas a impressão que tenho é a de que foi a partir dela que surgiu a inspiração do rapaz para compor as músicas do Danger Days. O que acho legal desse clipe é o clima bastante semelhante aquele anime do Clamp, "Angelic Layer".

domingo, 14 de abril de 2013

R.I.P Chi Cheng




Poxa, estou triste com a notícia que acabo de ler na internet. Mais um dos músicos dos quais gosto faleceu.  Chi Cheng, baixista do Deftones que estava em estado de parcial consciência desde que sofrera um acidente automotivo em 2008 nos deixou órfãos de um talentoso baixista.
A guitarra sempre foi meu instrumento principal, mas sempre flertei com o baixo. Sempre que tive a oportunidade acabava pegando o baixo de algum amigo para “brincar” um pouco. Nos últimos dias eu me vi todo entusiasmado porque finalmente adquiri um baixo e estava conseguindo tocar de maneira razoável e aceitavel. A minha lista de baixistas favoritos é encabeçada pelo Cliff Burton do Metallica, seguida pelo Krist Novoselic do Nirvana, do Renato Russo na época do Aborto Elétrico e pelo Chi do Deftones.
Na verdade eu acredito que agora o Chi poderá descansar após quatro anos de intensa batalha para se recuperar. Sempre que vejo as fotos dele após o acidente sinto tristeza porque preferia vê-lo tocando em cima de um palco do que vê-lo prostrado sobre uma cama. No fundo esperava que ele pudesse se recuperar, assim como o músico brasileiro Herbert Vianna do Paralamas do Sucesso se recuperou de um acidente aéreo em 2001. O que pode ficar de bom, se é que haja algo de bom nessa notícia, é a lição para todos nós de que sejamos mais prudentes nas estradas. Ás vezes é o vacilo de um que custa a vida de muitos inocentes que seguem as regras direitinho. Principalmente aqui no Brasil que após o aumento rigoroso nas normas da lei seca, ainda ocorrem muitas infrações de pessoas que tentam burlar a lei.
O importante agora é desejar as condolências a família do Chi e aos fãs mais fervorosos do Deftones. Além de guardar com carinho na memória e no coração os registros da trajetória de Chi que sempre tocou seu baixo com a mais intensa das emoções. Que Deus abençoe e dê conforto a todos. Abaixo deixo alguns vídeos, imagens, o link para uma reportagem a respeito da morte do músico e o link para a postagem que fiz há algum tempo.
R.I.P Chi Cheng