domingo, 24 de junho de 2012

Entrevista com autores (Camille Thomaz)


Ela é designer (web e gráfico), editora da Revista Innovative, redatora/colunista no blog da MTv: Vá Ler um Livro, colunista no site Filmes e Games, blogueira e autora do livro “Imaginário Feminino” que foi lançado há poucos meses. Seu nome é Camille Thomaz Labanca, mas também é conhecida como Camille Thomaz. Com toda gentileza do mundo a garota aceitou responder algumas perguntas para o Blog do Silvaerrado. Curtam as respostas.
Obs: Não sei se ela irá gostar da informação que darei, mas a garota fará aniversário daqui a dois dias. Pronto, falei.

 
01 - Em qual momento da sua vida a Literatura se tornou especial?
Quando eu pegava um livro para estudar, eu particularmente gostava de algumas coisas. Estudar nunca foi algo necessariamente ruim. Durante uma leitura de um livro de ciências, sobre pedras, eu pensei “por que eu não gosto de ler?”. Logo depois eu fui a uma livraria, com a missão de encontrar um livro que eu fosse gostar. Foram quatro idas olhando o mesmo livro, até decidir comprá-lo. Desde suas primeiras linhas, ele me fez rir. Foi o primeiro livro lido sem ser para a escola, e foi o livro que me introduziu na literatura. Ali ela se tornou especial, e nunca mais deixou de ser.

02 - Você possui algum hobby além de ler e escrever?
Eu gosto muito de ouvir música e cantar em voz alta. Não que eu cante bem (risos). Além de dançar. É minha libertação desse mundo para outro sem preocupação, sem nada ruim, sabe?

03 - Você possui algum gênero literário favorito?
Eu gosto muito de chick lit. Todavia, com a Revista Innovative fui recebendo livros de outros gêneros que me encantaram tanto quanto. Hoje em dia dramas psicológicos são incríveis, simplesmente adoro. Prefiro a chick lit, atualmente.

04 - Qual é o autor que você mais admira? (Não vou perguntar qual é seu favorito porque muitas pessoas possuem mais de um.).
Não tenho um autor que mais admiro. Eu diria que pela escrita em si, simplesmente adoro Elisabeth Scott (dramas psicológicos...). Todavia eu admiro muito a atitude de um autor, então eu não posso deixar de citar Roberto Laaf e José Oliveira. Escolhendo poucos, esses seriam os principais, por motivos que não caberiam aqui.

05 - Tem alguma obra literária que lhe tocou de maneira especial? (Não vou perguntar qual é seu livro favorito pelo mesmo motivo anterior.).
“O Céu Está em Todo Lugar” e “A Guardiã da Minha Irmã” foram dois livros que me tocaram. Ambos falam de morte, mas de uma maneira particular. Ambos têm frases que me fizeram pensar, me passaram calma e são livros maravilhosos de qualquer forma.

06 - Em sua opinião, quais são os benefícios de se ler um livro?
Quanto mais você lê, melhor você escreve. Essa é a mais pura verdade, você aprende mais vocabulário de uma maneira prazerosa. Se você não quer ser escritor, pelo menos tem uma prova que tem que fazer e precisa escrever bem, ou uma redação no vestibular. Leitura ajuda nisso, muito. Além disso, exercita a mente, livros podem entreter, te levar a outro mundo, te fazer esquecer-se dos problemas por um momento. Livros podem ajudar a solucionar seus problemas, porque às vezes a personagem passa ou algo, ou sente algo, que você já passou / sentiu. Frases de livros podem mudar – e mudam – vidas.

07 - De onde veio a ideia (ou a necessidade) de criar a revista eletrônica Innovative?
Veio em meio a uma aula de matemática (sempre fui péssima) quando fazia curso pré-vestibular. Eu sempre tive a necessidade de estar ocupada com algum projeto, nunca fui de ficar de pernas para o alto, mãos abanando. Já tentei sair muitas vezes do “mundo” blogueiro e sempre voltei. Criar a Innovative foi a junção de querer ser útil, fazer algo mais que estudar e passar um pouco das minhas paixões para outras pessoas, informá-las e, quem sabe, tocar um pouco a vida delas da mesma forma que algumas matérias tocaram a minha. Como aquele livro sobre pedras que mudou todo meu rumo.

08 - Quando você decidiu se tornar escritora?
Sempre foi um sonho. Escrevo desde os onze para doze anos. Falava que queria ser da Academia Brasileira de Letras. Ser escritora foi uma consequência de um sonho que deixou de ser inatingível e passou a ser algo possível, realístico.

09 - Qual foi a maior dificuldade que você encontrou na hora de publicar seu livro?
Na primeira edição, com 125 exemplares, tudo fluiu muito bem. Tive sorte de ter pessoas incríveis ao meu lado. Serei sempre grata à elas.

10 - Para escrever você se inspirou ou se influenciou em algo?
Em outros livros, em situações que eu vi pessoas viverem ou me contaram que viveram. Por sonhos, inseguranças. E um pouco de todas as histórias que já li, o romance romântico bonitinho, um filme todo fofo, ou exagerar sobre ir à academia.

11 - A capa de seu livro “Imaginário Feminino” ficou linda. Você teve alguma participação na produção dela ou deixou tudo por conta do profissional da área? (Vale ressaltar que o autor da capa do livro “Imaginário Feminino” é André Siqueira, o mesmo profissional por trás da capa de “Coração Paterno”.).
O André sofreu um pouco na minha mão. Eu tinha ideia do que queria, mas ele é o profissional. Então eu dei uma liberdade à ele, mas dentro do que eu tinha em mente. Ele fez um trabalho incrível, mesmo quando eu insisti em algumas coisas que ele a princípio não concordava, ou cismei em mudar a letra do título algumas muitas vezes.

12 - Poderia contar como foi a experiência de publicar seu livro? Como você se sentiu com esse feito?
Foi um sonho realizado. Certamente, só o começo dele.

13 - Como é a sua relação com os seus leitores?
Eu sempre gostei de tentar contato com escritores que eu admiro, então todo e-mail que recebo eu respondo sendo simpática, com a mesma atenção que me foi dada. Não deixo ninguém sem resposta, não acho justo e não gosto. Sou totalmente acessível, acho que todo escritor deveria ser.

14 - Você possui alguma história nova que pretende publicar futuramente?
Isso é segredo (risos).

15 - Se fosse para resumir em uma única frase, quais seriam suas palavras para definir o Imaginário Feminino (não me refiro ao livro, mas ao comportamento humano)?
Lógica compreensível apenas para quem a pensa.

16 - Como você vê o crescimento literário no Brasil nos últimos anos?
O crescimento literário está sendo incrível! Não só vejo bons escritores brasileiros surgindo, como também bons leitores, com opinião, gosto pela leitura e vontade de ler cada vez mais. Estamos longe do ideal, mas, com certeza, estamos melhores do que estivemos antes. Eu só espero que não seja uma fase que passe, que seja algo mais permanente.

17 - A Internet é uma faca de dois gumes, assim como ela auxilia na divulgação de artistas independentes, ela também pode prejudica-lo de alguma forma. É preciso ter bastante precaução antes de utilizar esse poderoso veículo de comunicação. Se tivesse um projeto totalmente novo, você o disponibilizaria na Internet antes de tentar publica-lo?
Creio que não. Uma divulgação na internet pode ser o que vai te levar a ter seu livro publicado por uma editora boa, mas pode ser exatamente o motivo para não te publicarem. Muitas editoras procuram algo completamente original, ou seja, que nunca tenha sido publicado. Eu não sei se arriscaria. Possivelmente em último caso, mas não como primeira opção.

18 - Se algum dia algum autor ou autora lhe convidar para uma possível parceria na criação de uma obra, você aceitaria o convite?
Muito provavelmente. Todavia acho que para uma obra em conjunto ser positiva, ambos tem que se entender com o meio de escrever do outro. Tem que ser equivalente, entende? Senão prejudica a história em si, que ficaria com suas narrativas diferentes, querendo focos diferentes. Seria estranho para ler. Em qualquer outro caso, aceitaria sim.

19 - No Brasil não é muito comum ver filmes baseados em obras literárias. Se algum dia você recebesse a proposta de adaptar seu livro em um filme, como você reagiria? Você ia gostar?
Iria amar! Certamente ficaria muito feliz com a proposta. Imagine, um livro seu, um “filho” seu, dando um resultado para ser exibido nas telonas.

20 - Como autora, qual é seu maior sonho?
Conseguir publicar mais livros com minhas histórias. Eu gosto de pensar que o que eu escrevo pode ter a mesma reação que alguns livros que leio têm em mim. Como disse, livros mudam pessoas, rotinas, vidas inteiras. É uma responsabilidade enorme, mas se você faz isso positivamente, nossa, deve ser incrível.

21 - Para encerrar você gostaria de deixar algum recado para as pessoas que estão lendo? Pode ser o que você preferir, um conselho, uma mensagem, uma dica, um poema, um sermão, um puxão de orelha, um desabafo, o que você preferir.
Eu gostaria de agradecer pela entrevista feita, pelo carinho que você teve e tem comigo. E pelo carinho de leitores que leram meu livro e, independentemente se gostaram ou não, deram sua opinião sendo gentis. E, claro, para quem gosta de contos, garanto de Imaginário Feminino vale a pena, viu? (risos.)

Gostaria de agradecer de coração por você ter cedido um pouco de seu valioso tempo para responder a minha entrevista. Desejo que não apenas seu livro, mas também que todos seus projetos conquistem tudo o que há de melhor no mundo.

Muito obrigada, de verdade!



Links da autora para quem quiser conhecê-la um pouco mais: 


Book Trailer do livro abaixo:

Um comentário:

  1. Não conhecia o Blog, passei a conhecer a alguns minutos, por um post no Face.
    Adorei a entrevista, conheci a Camille Thomaz pessoalmente no lançamento de sua bela obra, IMAGINÁRIO FEMININO.
    Uma pessoa muito simpática e verdadeira.
    Camille, espero que você nos presenteie com outras obras.
    Um forte abraço e tudo de bom.
    Já estou seguindo esse maravilhoso BLOG

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