Essa imagem peguei da internet em um site de vendas. A capa que mais gosto é a da direita, tem tudo haver com a trama. |
Telmah
é uma jovem que perdeu a mãe recentemente. Seu pai Cláudio está iniciando um
novo e recente relacionamento com Alice, melhor amiga da mãe de Telmah. Algo no
interior da garota parece alerta-la que a morte da mãe não foi uma simples
fatalidade do acaso.
Em
uma noite chuvosa, um grupo e amigas de Telmah se vê forçado a dormir na casa
da garota e para passar o tempo, as meninas resolvem fazer um jogo que é
temido por muitos jovens e desacreditado por vários adultos. O jogo do copo. Um
jogo que idealiza uma conversa com o espírito de alguém preso dentro do copo de
vidro. O que para algumas das garotas não passa de uma brincadeira de mau
gosto, para Telmah é uma mensagem de socorro de sua mãe pedindo vingança por
sua morte.
É
quando Telmah levanta teorias que podem incriminar uma pessoa muito querida
para ela. Para reunir provas e descobrir toda verdade, Telmah finge ter
enlouquecido e acaba sendo internada em uma clínica psiquiátrica. Começa então
uma aventura na qual Telmah não pode confiar em ninguém com o simples objetivo
de desmascarar o verdadeiro responsável pela morte de sua mãe.
Não
dá para falar muito sobre esse livro sem fazer muitos spoilers. É um livro que
apesar de ser curto é bastante instigante, capaz de nos prender a ele o tempo
todo. Na verdade quando eu o via nas estantes, não esperava muito. Mas não fiz cerimônia quando tive a oportunidade de lê-lo. Me vi bastante
surpreendido com o que encontrei. À medida que a leitura foi se avançando,
desejei que o livro fosse mais longo para que pudesse me aprofundar mais ainda nessa
aventura.
Pedro
Bandeira é um escritor como poucos que apesar de fazer em muitas de suas
histórias adaptações de peças teatrais, acaba criando mundos e personagens completamente novos.
No caso de “Agora Estou Sozinha”, a adaptação foi da história de Hamlet. O nome
da protagonista da história é o avesso do nome de Hamlet. (Me lembra o jogo Castlevania
Simphony of the Night, onde o nome do protagonista é Drácula ao contrário.
Afinal Alucard é o filho do Drácula.).
O
próprio autor citou uma semelhança entre Telmah e Isabel de “A Marca de uma
Lágrima”. Mas mesmo após ter lido as duas histórias, continuo a preferir a
Isabel. Nada contra Telmah, também a achei fascinante, mas acho que a Isabel
conseguiu me tocar mais profundamente. Talvez se “Agora Estou Sozinha” tivesse
sido mais longo, eu poderia ter me envolvido mais com Telmah.
Outra
característica que se pode ser citada sobre “Agora Estou Sozinha”, é a pegada
um pouco sombria do início que acaba nos prendendo e que se transforma no
decorrer das páginas. Enfim, esse é um livro muito bom que acaba surpreendendo
quem o lê. Eu particularmente o recomendo não por ser mais um livro do meu
autor favorito, mas por conter um bom conteúdo mesmo.
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