sábado, 9 de fevereiro de 2013

Incubus



O Incubus é uma banda de rock alternativo que se formou nos primeiros anos da década de noventa, mas que começou a despontar na mídia em 1995 com seu álbum S.C.I.E.N.C.E. O nome foi retirado da mitologia medieval, sendo baseado no demônio masculino que seduz mulheres para sugar toda sua energia vital através de um ato sexual. Os integrantes sabendo disso pensaram: “Legal, tem algo haver com sexo. Então ficará esse nome mesmo.”. Uma curiosidade a ser citada sobre alguns integrantes da banda é que durante a adolescência eles aprenderam a fazer tatuagens usando os próprios corpos para testes.
Para mim no ano de 2004 o mundo musical estava um tanto instável, promessas salvadoras do rock não conseguiam me convencer. Eu via bandas como Good Charlotte e Hoobastank bastantes estouradas aqui no Brasil e pensava comigo mesmo o quanto tudo aquilo era passageiro. Apostava que em pouco tempo aquelas e tantas outras bandas já não teriam o mesmo prestígio e acabariam sumindo da mídia. Ao mesmo tempo em que também via bandas como a da Avril Lavigne e o Marrom 5 e me perguntava quando surgiria uma banda boa que valesse a pena de verdade novamente?
 O alvo da grande maioria dos grupos musicais visivelmente eram os jovens aborrecentes que ainda estavam se descobrindo e bancavam os “rebeldes” sem nem mesmo entender o sentido de muitas coisas. Entre essa severa briga por espaço na mídia estavam bandas já consagradas e que ainda não eram muito conhecidas por aqui.
Foi nessas condições que acabei conhecendo o Incubus. Eu via o clipe da música “Megalomaniac” e até gostava da música, mas não me rendia à crença de que vários aborrecentes vazios também poderiam gostar daquela banda. Tudo bem, eu subjulguei os jovens da época, mas me recusava a gostar das coisas atuais daquela época porque para mim fazia mais sentido gostar de um som mais tradicional e menos experimental. Eu não queria ceder a lavagem cerebral de muitos artistas.
Mas com o tempo acabei escutando por acaso outras músicas do Incubus, além de ver clipes e partes de shows. Então acabei descobrindo também por acaso que o irmão de um vizinho possuía um dos álbuns da banda. Claramente o pedi emprestado para conhecer melhor o som, já que ali tinha algo que me agradava. O álbum em questão era o “Morning View”, lançado em 2001 e que consequentemente eu acabei escutando bastante. Só resolvi aceitar gostar mesmo do Incubus depois de escutar mais dois álbuns da banda, o Make Yourself e o S.C.I.E.C.E.











Por não saber a fundo muitas coisas sobre a banda, farei nessa postagem uma curta analogia pessoal sobre cada álbum. Com exceção do If Not Now, When?, álbum lançado mais recentemente, porque ainda não o escutei. Então vamos lá.
O primeiro álbum gravado pelo Incubus e que muitas poucas pessoas conhecem é o Fungus Amongus. Lançado em 1995 esse álbum trás uma sonoridade extremamente diferente do som mais atual da banda. É algo bem experimental e alternativo, com uma notável influência da banda Californiana “Faith no More” que mistura o som instrumental pesado bem estilo heavy metal a melodias vocais faladas no melhor estilo hip-hop. Desse álbum eu recomendo as faixas: “Shaft!”, “Take me to your leader”, “Speak free” e “The answer”.
O segundo álbum da banda foi o S.C.I.E.C.E, lançado em 1997. A sonoridade segue a linha de seu antecessor com um pouco mais de peso. Para quem só conhece as músicas mais atuais do Incubus pode haver um estranhamento com relação a esses dois primeiros álbuns. Foi o que ocorreu comigo no princípio, mas depois de um tempo o ouvinte se acostuma. As faixas que recomendo são: “A certain shade of Green”, “Idiot Box”, “New skin”, “Vitamin” e “Favorite things”.
O terceiro álbum do Incubus é o Make Yourself. Aqui a direção musical da banda começa a se modificar e se definir. Com melodias vocais mais cantadas do que faladas e um instrumental um pouco mais limpo, o som parecia querer tomar uma direção mais pop. Mas isso não quer dizer que esse seja um álbum ruim, não. Tenho a impressão de que a banda começou a se encontrar mesmo a partir desse trabalho. As influencias ficam um pouco menos evidentes e o grupo começou a mostrar uma maneira única de fazer música. Para esse eu recomendo as faixas: “Nowhere fast”, “When it comes”, “Stellar”, “Make yourself”, “Drive”, “Out from under” e “Pardon me”.
O quarto álbum de estúdio do Incubus é o Morning View lançado em 2001, como já citei. Para a gravação desse trabalho a banda se isolou em uma casa localizada em Malibu na Califórnia, próximo a uma rua chamada Drive Morning View, nome esse que claramente influenciou o nome do álbum. O som dessa vez parecia estar um pouco mais maduro e firme, além de ser muitíssimo bem estruturado e possuir arranjos incríveis. Esse é meu segundo álbum favorito do Incubus. O escutei incessantemente por um longo período, graças a isso fica difícil listar apenas algumas músicas, mas ainda assim vou tentar fazer as recomendações: “Circles”, “Wish you were here”, “Just a phase”, “Blood on the ground”, “Have you ever” e “Under my umbrella”.
O quinto álbum do Incubus é o A crow left of the murder... Com uma temática mais séria e política, esse álbum trás um som mais pesado do que seus antecessores em questão de harmonia e arranjos (o peso dos dois primeiros álbuns se concentra principalmente em feitos de distorção e notas graves, enquanto os demais se focalizam muito nas vocalizações do Brandon Boyd). Como de costume, esse é totalmente diferente dos outros. Sou um pouco suspeito de falar sobre ele porque esse é meu álbum favorito da banda. Quando o comprei eu fazia o mesmo que faço com o “Wasting Light” do Foo Fighters, (do qual já escrevi a respeito aqui) depois de escuta-lo uma vez, retorno para a primeira faixa a fim de escutar tudo de novo. E assim como ocorre com o Morning View, fica difícil recomendar apenas algumas faixas, então recomendo que esse seja escutado por completo.
O sexto álbum do Incubus é o Light Granades. Lançado em 2006, esse álbum não trás tantas diferenças sonoras em comparação a seus antecessores. Me arrisco a dizer que ele é como se fosse uma mistura entre Make Yourself e Morning View se for fazer uma comparação técnica entre os trabalhos anteriores do Incubus. Um som pouca coisa mais limpo com músicas sérias que em alguns momentos chegam a soar muito melancólicas. Minha única queixa sobre Light Granades é que ele não é tão empolgante quanto A Crow left of the murder... ou Morning View, escuta-lo de vez em quando e apenas uma vez já está de bom tamanho. As faixas que recomendo são: “Anna Molly”, “Light Granades”, “Oil and water”, “Rogues”, “Pendulous thereads” e “Look alive” (essa última saiu apenas na versão japonesa do álbum).
Para finalizar essa postagem tenho a dizer o seguinte, o Incubus é uma boa banda com um som único que cresceu e se solidificou musicalmente no decorrer dos anos. Se no início as influencias dos músicos eram visíveis, hoje em dia já não dá para fazer comparações. O estilo poderia ser facilmente definido como New Metal, mas é justamente por ter um jeito próprio de tocar e compor que faz do Incubus uma banda única.
Confesso que não é uma das minhas bandas favoritas pelas quais eu morro de paixão, mas está presente no meu set list porque escutei bastante suas músicas por uma breve fase de minha vida. Hoje em dia já não escuto tanto, mesmo porque escuto uma infinidade de outras bandas. Mas ainda assim posso dizer que gosto de Incubus. Abaixo deixarei um link para um site brasileiro voltado especialmente para o Incubus e alguns vídeos de clipes e uma apresentação bem bacana. Enjoy.










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