sábado, 2 de abril de 2011

Amor impossível, possível amor

Fernanda é uma menina de quatorze anos que está passando por um momento complicado. Sua melhor amiga Clarissa e seu amor secreto Daniel, estão se mudando. Para a mesma casa onde eles moravam se muda a dona da residência. Com tantos problemas circulando na vida de Fernanda, ela vê seu rendimento escolar decair e sua mãe encontra como alternativa pedir a Bruno, o filho da nova visinha que dê aulas de reforço para Fernanda.
Fernanda nem mesmo percebe que sua vida está passando por mudanças significativas. Ela vê sua maior inimiga se tornar uma grande amiga ao ver Graziela de forma mais humana e percebe que sempre foi notada, algo do qual ela pensava o contrário. Ela também vê as lembranças de Daniel se tornarem apenas lembranças e permite que seu coração adquira novas meios para seguir com sua vida. Porém ainda restam dois problemas para serem resolvidos, um é o problema de saúde do pai de Fernanda e o outro é um enigma matemático passado por Bruno. Se tornando apenas questão de tempo para Fernanda perceber o que realmente sente por Bruno e finalmente decidir lutar pelo que sente.
Esse livro é uma obra póstuma do escritor Carlos Queiroz Telles. Ele iniciou a história e sua mulher pediu a Pedro Bandeira que a terminasse. O interessante desse fato é perceber no decorrer da trama as “homenagens” que Pedro Bandeira fez para seu amigo Queiroz, como no trecho em que Fernanda se identifica com alguns poemas de Queiroz e foi mencionando que Queiroz conhece Fernanda muito bem, como se ele fosse seu pai. E também o problema de saúde pelo qual o pai de Fernanda passou foi o mesmo problema que vitimou Queiroz em 1993.
Homenagens á parte, a história não se sustenta na morte de seu criador e respira livremente mostrando em seu decorrer que diferença de idade não significa nada quando dois corações se amam verdadeiramente. Para quem curte romance, esse é um prato cheio que vale a pena ser lido. Leitura recomendada, não me responsabilizo caso alguém fique suspirando de paixão ou com dor de cotovelo ao terminar de ler esse livro.

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