No Brasil o Gênero Literário da Literatura Fantástica está
cada vez mais explorado e adquire mais adeptos a cada dia. Para se escrever uma
história que segue esse gênero é preciso ter talento e criatividade. Essas são
qualificações que o autor Fábio Guolo tem de sobra. Autor dos livros “O
Despertar” e “A Baronesa”, o moço também é um dos membros do Selo Brasileiro.
Confira abaixo a entrevista que Fábio concedeu ao Blog do Silvaerrado.
01 - Qual é o autor que você mais te admira? (Não vou
perguntar qual é seu favorito porque muitas pessoas possuem mais de um
favorito).
Tolkien, sem dúvida, por ser um dos
escritores mais criativos de todos os tempos (senão “o” mais).
02 - Tem alguma obra literária que lhe tocou de
maneira especial? (Não vou perguntar qual é seu livro favorito pelo mesmo
motivo anterior).
Recentemente li “Memórias Póstumas
de Brás Cubas” e posso dizer que fiquei deveras impressionado. Justo eu que
nunca vi os “clássicos” com bons olhos me rendi imediatamente à genialidade do
maior escritor brasileiro que já existiu. É simplesmente fantástico.
03 - Tem algum personagem de livro com o qual você se
identifica? Se sim, por quê?
Turin Turambar, o Lâmina Negra de
Nargotrond. Personagem de Tolkien que aparece em “O Silmarilion” e em “Contos
Inacabados”. Um guerreiro que supera inúmeras adversidades. Na minha opinião é
o melhor personagem que Tolkien criou em todo seu universo ficcional.
04 - Sei que você gosta de jogos de RPG e que suas
histórias são voltadas para o gênero da Literatura Fantástica. Além desse
gênero, você possui algum outro gênero favorito?
Sim! Romances Policiais me atraem
demais e tenho um projeto assim prestes a começar.
05 - Você possui algum hobby além de ler e escrever?
Gosto de ir a algum barzinho ou
show de rock vez ou outra me encontrar com amigos e curtir. Faço natação
regularmente além de ser colaborador da ONG Beco da Esperança de animais
abandonados. Eu e minha esposa somos “protetores”.
06 - Quando você decidiu se tornar escritor?
Quando não tive mais tempo para
jogar RPG e minha criatividade continuou jorrando ideias absurdas. Daí resolvi
colocá-las no papel.
07 - Para escrever você se inspira ou se influencia em
algo?
Todas as experiências que um escritor
vive influenciam sua escrita, mas posso dizer que assistir a um bom show de
rock faz meu cérebro jorrar ideias com mais força.
08 - Na hora de fazer a dedicatória alguns autores
dedicam o livro diretamente a uma pessoa ou indiretamente a várias. O que te
influencia na hora de fazer a dedicatória? Você segue algum critério?
Procuro dedicar às pessoas próximas
que mais me apoiaram e compartilharam da criação.
09 - Qual foi a maior dificuldade que você encontrou
na hora de publicar seu livro?
Seria mais justo
perguntar qual a dificuldade que eu NÃO encontrei, mas vou resumir: custos de
impressão, negativas de editoras, distribuição e divulgação.
10 - Em sua opinião, um livro pode modificar a vida de
uma pessoa de que maneira?
Bem, depende de qual leitor lê qual
livro. Mas em geral acredito que todos os livros modificam a vida de qualquer
leitor. Sempre há algo de bom que se possa extrair de um livro. Quem disser o
contrário, na minha opinião, pode se considerar qualquer coisa, menos um
“leitor”.
11 - O que mais lhe traz satisfação por ser um autor
de livros?
É quando alguém diz que leu meus
livros e está esperando pelo próximo ou então começa a fazer perguntas curiosas
sobre uma ou outra passagem da história.
12 - Como você vê o crescimento literário no Brasil
nos últimos anos?
O mercado literário no
Brasil já foi bem pior, mas ainda estamos muito aquém do ideal.
13 - Você faz parte do Selo Brasileiro. Conte um pouco
sobre essa experiência de interagir com outros autores nacionais e
independentes.
É muito bom! Costumamos trocamos
obras e lê-las. É surpreendente como se pode encontrar boas histórias em
gêneros que não são os da nossa preferência. Um livro jamais pode ser
menosprezado e creio que esse foi o maior ensinamento que pude absorver no
grupo. A troca de experiências é fantástica!
14 - De qual autor veio a ideia inicial de criar o
Selo Brasileiro?
Da minha querida amiga e grande
escritora Liana Cupini. Ela teve a ideia, convidou a mim e mais três ou quatro
outros escritores e fomos nos aglomerando.
15 - Creio que todos os autores que integram o grupo
já devem se conhecer pessoalmente. Vocês se reúnem com frequência? Como é a
relação entre vocês?
Eu conheço a maioria deles. Nossa
relação no dia-a-dia é pela internet mesmo por conta da distância que nos
separa. Anualmente promovemos e participamos de eventos nos quais nos
encontramos pessoalmente.
16 - O Selo Brasileiro participou da Bienal do livro
do Rio no ano passado. Essa participação rendeu algum benefício maior aos
autores do selo?
Sim, é claro. A maioria dos autores
independentes e até muitos editorados não têm no curriculum uma passagem por
uma bienal na posição de autor que autografa e interage com os
fãs. Isso nos deu uma excelente visibilidade, rendeu ótimos contatos e creio
que estes são benefícios de valor incalculável.
17 - A Internet é uma arma vantajosa para os
escritores em geral, nela é comum ver parcerias entre blogs e autores. Se algum
dia algum autor ou autora lhe convidar para uma possível parceria na criação de
uma obra, você aceitaria o convite? Como você lhe daria com isso?
Não sei. Só saberei se um dia
receber tal convite, mas sempre estou aberto a novas ideias e experiências.
18 - Algum dia você pretende escrever uma história que
não seja do gênero Literatura Fantástica?
Claro! Veja novamente a questão nº
4.
19 - Em que parte da Draco Saga se encaixa a história
de seu livro “A Baronesa”?
A história de “A Baronesa” começa
muitos anos antes de “O Despertar” e termina mais ou menos junto. “A Baonesa”
é, na verdade, a história de Taramar, a vilã de “O Despertar” narrada por ela
mesma. Seu ponto de vista.
20 – Você já tem algum livro novo da Draco Saga pronto
para publicação? Se não, quais são seus projetos futuros?
Tenho “A Sentinela” quase pronto.
Estou tendo um grande atraso por pura falta de tempo, mas espero terminar em
breve.
21 - Se algum dia você recebesse a proposta de adaptar
algum dos seus livros em um filme, como você reagiria?
Eu adoraria, é claro. Mas faria
questão de acompanhar a produção de perto como consultor.
22 - Você é um autor participativo em várias feiras
literárias e sua obra já deve possuir um público cativo. Como é o seu contato
com seus leitores?
Estou sempre disposto e receptivo
para eles. Afinal, o que é um escritor sem seus leitores? Respondo a todos.
Sempre.
23 - Você é muito assediado por eles?
Não, não. A relação é tranquila.
24 - Como autor, qual é seu maior sonho?
Encontrar uma grande editora que
possa publicar meus livros traduzidos para os principais idiomas do planeta
viajar divulgando-os.
25 - Para finalizar você gostaria de deixar algum recado para as
pessoas que estão lendo? Pode ser o que você preferir, um conselho, uma
mensagem, uma dica, um poema, um sermão, um puxão de orelha, um desabafo, o que
você preferir.
Gostaria de
agradecer a oportunidade, mandar um grande abraço a todos que lerem esta
entrevista e dar uma dica: leiam meus livros!
Agradeço por ter cedido um pouco de seu tempo para
responder aos meus questionamentos. Espero que todas as suas obras sejam, bem
sucedidas e que você possa colher bons frutos em sua caminhada. Que a
Literatura reine.
Para saber mais sobre o autor, basta seguir um dos
links abaixo:
Perfis no Skoob:
http://www.skoob.com.br/usuario/278739-fabio (lembrando que para ver o perfil dele, é preciso estar logado)
Sites:
Capa do livro "A Baronesa" |
O primeiro livro publicado pelo Fábio |
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