O
professor Elias é assassinado. Crânio então tenta desvendar o mistério por trás
da morte de seu amigo e professor e para isso viaja para o Pantanal
Mato-Grossense na intenção de investigar e encontrar indícios que possam
leva-lo a um culpado. Os amigos do garoto não conseguem encontrar uma ligação
entre a morte do professor e a viagem que o mesmo fez para o Pantanal em suas férias.
Sozinho
Crânio viaja para a casa de sua tia Matilde com a desculpa de que pretende
fazer uma excursão pelo lugar. Acontecimentos estranhos rondam o geniosinho dos
Karas desde o momento do desembarque no Pantanal. É quando Crânio descobre a
ação do crime organizado. Os índios perdendo sua cultura para os costumes dos
brancos, a matança dos jacarés, o contrabando de drogas e mercadorias, tudo se
revela ser mais sério do que aparenta. Ao descobrir que o garoto corria riscos,
os demais Karas decidem agir e viajam na companhia do Detetive Andrade. Não
apenas a vida de Crânio, mas também a vida de todo o grupo se vê em risco.
Agindo de forma separada os cinco Karas conseguem desmantelar o grupo criminoso
e desvendar mais um mistério em mais uma grande aventura.
O
livro possui ação do início ao fim. Como já conhecemos os personagens através
de “A droga da obediência”, o autor não perde tempo e faz a trama de forma
desenrolada. Parece que realmente Pedro Bandeira trabalhou para que “Pântano de
Sangue” pudesse ser uma continuação digna das aventuras dos Karas. Ao ler o
livro nos deparamos com problemas nacionais reais. Eu pessoalmente acabei me
lembrando de duas músicas da Legião Urbana enquanto lia, são elas: “Que pais é
esse?” e “Conexão Amazônica”. A trama se desenvolve naturalmente e assim como
em “A droga da obediência” ficamos especulando quem é bonzinho e quem é
realmente malvado durante todo o tempo. O por que do nome do livro ser Pântano
de sangue é explicado durante a trama.
Também
o livro explica como funciona o famoso código Morse e as siglas usadas pelos
pilotos para o prefixo dos aviões. Isso sem contar o famoso código dos Karas
usado em momentos de emergência. Eu pessoalmente me senti todo satisfeito
quando consegui desvendar uma mensagem sem precisar colar. Para quem ler o
livro antes de “A droga da obediência” pode ficar despreocupado, esse código é
explicado em todos os livros da série.
A
única coisa que me decepcionou um pouco foi o fim dado ao verdadeiro vilão. Eu
para falar a verdade já desconfiava da pessoa desde o início do livro, mas
achei leve o castigo recebido pelo verdadeiro Ente no fim. Quer descobrir a
verdadeira identidade do perigoso criminoso Ente? Então lhe convido a ler esse
livro até o fim sem perder tempo. Recomendo.
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