segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Bienal do Livro de Minas 2014 (parte 1)





Durante essa segunda quinzena de Novembro, como já faz parte do conhecimento de muitos de vocês, Belo Horizonte está recebendo dois eventos Literários de suma importância. São eles o Circuito Cultural da Praça da Liberdade com uma programação voltada especialmente para a literatura e a Bienal do Livro. Como a droga da Copa do Mundo foi sediada no Brasil, a Bienal que normalmente é realizada nos primeiros meses do ano teve de ser prorrogada. O que fez chocar os dois acontecimentos e que para mim foi quase uma covardia, já que tive que optar por participar apenas de um deles. Por estar aguardando há mais tempo, após os ocorridos de 2012, decidi participar da Bienal mesmo. Como só posso ir aos fins e semana, deixei para ir ao segundo dia do evento, embora tenha ficado morrendo de vontade de ir logo na estreia.
Não tenho muito que falar, afinal o evento já é bem conhecido dos participantes das outras três edições. O que irei relatar aqui se refere a minha primeira participação nessa edição de 2014, que ocorreu no feriado do dia quinze. Não dá para mostrar absolutamente todos os estandes e atrações porque realmente é muita coisa.
Logo de cara ao ver o mapa do evento já são altamente perceptíveis algumas homenagens a importantes autores nacionais, e membros da Academia Brasileira de Letras, que nos deixaram nesse ano. Algumas salas foram batizadas com seus nomes. Tem a Biblioteca Infanto juvenil Rubens Alves, o Auditório João Ubaldo Ribeiro e o Auditório Ariano Suassuna.
A programação em geral está bem bacana e variada. Sugiro a quem quiser que vá com tempo livre. Dependendo do que se procura, pode-se ficar uma tarde inteira por lá comprando ou somente participando das demais apresentações. Para as grandes atrações que participam do Café Literário, por exemplo, há um limite de participantes. Sendo preciso a distribuição de senhas antes das palestras e bate papo. Portanto se souber da participação de alguém cujo o trabalho lhe interesse, tenha em mente chegar com antecedência a atividade programada.
 Apesar de oferecer entretenimento para todas as faixas etárias, notei que nesse ano o foco mesmo são as crianças. Tem MUITA coisa exclusivamente para os pequenos. De contações de histórias e atividades, a bancas inteiras com livros e materiais lúdicos pedagógicos. Para os adolescentes aficionados pela cultura nipônica, e também norte americana, novamente o estande da Comix marca presença recheada de mangás e HQ’s. O único problema são a lotação na banca e o preço não muito sugestivo de alguns produtos. Para os pré-adolescentes que curtem a Turma da Mônica Jovem, o estande da Panini veio para fazer a graça. Apesar de também trazer alguns títulos da Marvel Comix a Turminha jovem do Maurício de Souza está com um destaque maior e não apenas no estande em questão, mas também em muitos outros.
Quanto ao estande da Livraria Leitura não posso dar um parecer porque simplesmente não consegui entrar. Estava lotada e contou com a presença de Laura Conrado, autora de “Freud Me Segura Nessa”, “Só Gosto De Cara Errado” e “Freud Me Tira Dessa”. O estande da loja da Saraiva esteve quase igualmente lotado, com direito a fila para o caixa e funcionários se espremendo para atender a todos. Tanto que apenas não vi a participação da Adriana Calcanhotto no Café Literário porque estava na fila para o caixa no momento da distribuição das senhas.
Os estandes que foram mostrados no MGTV vendendo livros a partir de cinco reais, realmente parecem tentadores, mas o problema ali é a forma como os livros foram distribuídos. Tudo fora de ordem. Não tem separação de gêneros, ordem alfabética de títulos ou autores, nada do tipo. Tem que ter muita paciência ao olhar um a um dos livros, além de precisar ter sorte em encontrar aquele livro que você estava procurando há muito tempo e o avistou assim, por acaso. Realmente é um saldão daqueles exemplares que não foram vendidos na loja física e estão sendo comercializados a um preço bem baixo.
E por falar em MGTV, o estande da Globo Minas assim como na edição anterior da Bienal, conta com um efeito cenográfico aonde as pessoas se posicionam em frente a um cenário de fundo verde, também conhecido como Chroma key, e cuja a imagem é projetada para uma tela ao lado. Como se o participante estivesse em um programa ao vivo da emissora. O cenário sugere uma cozinha e as imagens do telão são daquele programa Pratos e Panelas. Sinceramente não vejo graça nesse tipo de atividade. Talvez se vocês forem com uma turma de amigos para ficar um rindo das palhaçadas do outro, isso renda algum divertimento.
Tem também o estande do Kindle que trás novidades na parte dos E-Books. Confesso que o preço do aparelho está bem acessível, mas ainda prefiro a forma impressa de livros. O estande dos Menores Livros do Mundo não mudou praticamente nada. Muitos se encantam com o tamaninho dos exemplares, outros não veem nada demais. Algo que achei bem interessante foi o estande Tertúlia Brasília que trouxe vários produtos ecológicos feitos de forma reciclável com estampas referentes a personalidades da cultura Brasiliense. Têm lixeiras ecológicas, blocos de notas, flâmulas, camisas, tapetes e até almofadas com frases ou fotos de escritores, astros da música e outras celebridades. Eu quase comprei uma almofada com a foto do Renato Russo, mas achei meio exagerado da minha parte. Gosto de Legião, mas não é para tanto. Se pelo menos fosse uma camisa.
Mas além das atividades literárias, a Bienal também agrega outros serviços para maior comodidade de seus visitantes. Então, ficaram andando pelo lugar e de repente bateu aquela fome? Não tem problema, além de uma praça de alimentação, também tem várias bancas aleatórias vendendo suas guloseimas em alguns cantos. Mas aqueles que querem emagrecer não irão gostar muito dessa notícia, já que a maioria do que vi sendo comercializado é comida altamente calórica e sedentária. Eu vi carrinho de pipoca, de churros (lembrei do Chaves, juro), sorvete, cachorro quente, etc. O único pedido que deixo aos visitantes é que tenham um pouco de educação e mantenham o lugar limpo. Ao comprar pipoca ou outro tipo qualquer de alimento, não derramem no chão. Eu vi montes de pipoca espalhados pelo carpete e não pareciam ter caído acidentalmente.
Acabou os créditos do celular e você precisa efetuar uma ligação? Também não tem problema, existem alguns telefones públicos no local. Tomou muito suco e precisa se aliviar? Lá naturalmente tem dois banheiros, um feminino e um masculino. Pois bem, a estrutura e serviços foram altamente bem organizados e planejados. Pelo menos isso, não é mesmo? Seria injusto se para a Fifa Fan Fest o espaço fosse preparado com uma estrutura magnífica e impecável e para a Bienal ter algo que deixasse a desejar. O intervalo de dois anos para quem gosta desse evento é muito grande. E convenhamos, Belo Horizonte não costuma receber muitos eventos literários desse porte.

Enfim, se vocês procuram realizar um passeio com família ou amigos, não percam tempo em ir ao Expominas. Lembrando que a Bienal vai até o próximo Domingo, dia vinte e três. Quem for não se arrependerá de um passeio que não deixa nada a dever a uma volta no Parque Municipal, Praça da Liberdade ou qualquer outro lugar público de Belo Horizonte. Os ingressos estão a um preço de dez reais a inteira e cinco a meia. Para quem for de metrô tem um descontinho de vinte por cento, basta apresentar o bilhete no guichê. Maiores informações no site oficial. Abaixo estão algumas fotos que fiz de relance.

Fiz um vídeo bacana dessa apresentação, mas ficou muito pesado para colocar aqui. Quase um Giga de espaço.

Cosplays? Não necessariamente. Um agrado para as criancinhas fãs do trio congelante da animação "Frozen".

Pratos e Panelas... Só que não.

Estande da Gutenberg dando destaque para Paula Pimenta.

Panini destacando a Turma da Mônica.

Bienal em quadrinhos criando tirinhas ao vivo.

Comix dispensa apresentação.



Livros lúdicos para as crianças.



Mais uma banca com muita coisa para as crianças.

Kindle com promoção especial apenas para a Bienal.





Café Literário com paredes de vidro, permitindo que até mesmo as pessoas que estão de fora possam assistir as palestras e bate papo.

Praça de alimentação.

Acha mesmo que só irei uma vez? Claro que voltarei.

Além dos livros, comprei também um chaveiro do nosso fanfarrão Ferris Bueller.



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