terça-feira, 25 de novembro de 2014

Bienal do Livro de Minas 2014 (parte 2)




Depois de ansiosamente contar os dias para a chegada de mais um fim de semana para aproveitar a Bienal mais uma vez antes de seu encerramento, finalmente chegou o dia vinte e dois. No Sábado deixei para ir um pouco mais tarde. Dessa vez estava lá simplesmente pelo business, trabalho no sentido literal da palavra. Claro que antes dei uma volta para adquirir mais alguns livros e mangás. O objetivo daquele dia era assistir a uma palestra para autores independentes e interessados pelo trabalho desenvolvido pelo site da Amazon. O bate papo foi moderado pelo autor Eldes Saullo e contou com a participação das também autoras independentes Lilian Reis, Eva Zooks, e Bianca Souza. Janaina Rico também deveria ter participado, mas teve de cancelar sua presença na véspera. A troca de experiência foi até interessante. Cada uma das autoras relatou sua experiência profissional no ramo da escrita.
Eldes também revelou um pouco de como passou a se dedicar a escrita de livros de não ficção que possam ajudar a outros autores a publicar seus trabalhos com o auxílio do Amazon.com. Tive algumas dúvidas esclarecidas a respeito dessa plataforma e estou seriamente pensando no rumo que darei a alguns projetos através dessa ferramenta, mas isso é para ser estudado cautelosamente em um futuro próximo.
O que achei mais interessante nesse dia foi um fato totalmente inusitado. Encontrei nessa mesma palestra uma amiga do Skoob. Para que vocês possam entender, a maioria esmagadora de amigos que possuo no Facebook e no Skoob são pessoas ligadas a literatura que não conheço pessoalmente. Essa moça estava sentada ao meu lado e em um determinado momento disse seu nome. Se chama Poliana Costa. Nesse momento tive um estalo que me fez ligar o nome a pessoa. Ela tem o mesmo nome da minha protagonista de “Coração Paterno” e por isso, há muito tempo, a enviei um convite de amizade no Skoob. Só não esperava encontra-la naquele dia. Graças a isso percebi mais uma das vantagens proporcionadas pela Bienal do Livro. Aquele não é simplesmente um lugar apenas para apresentações e comercializações de livros. É também um espaço para encontrar pessoas em comum e trocar experiências.
Ainda falando do Sábado. Outras atrações de destaque que eu não assisti foram a participação da apresentadora do programa de culinária Pratos e Panelas no estande da Globo Minas, Fernanda Keulla. Eu apenas passei por perto, mas não dei muita atenção por não me simpatizar pelo programa da moça. Também houve a participação do humorista do Casseta e Planeta, Reinaldo para um bate papo na Bienal em Quadrinhos. Mas nesse caso só não assisti porque não queria sair muito tarde do Expominas.
Para mim aquela poderia ter sido a ultima participação na Bienal de 2014. Teria ficado amplamente satisfeito. Mas ainda faltava a cereja do bolo. O grande objetivo que me deu mais gás para ir por mais de uma vez ao evento. O bate papo com meu autor favorito, Pedro Bandeira. No Domingo, dia vinte e três, cheguei ás dez horas em ponto e tratei logo de ir para frente do Auditório João Ubaldo Ribeiro aonde ocorreria o evento. Não me importava de ficar ali plantado por duas horas. Estava muito bem acompanhado com meu aparelho de mp4 tocando as músicas do At The Drive In e do Bad Brains. Além da minha camisa com uma mensagem da Clarice Lispector. Como Pedro Bandeira não foi divulgado pelos meios de comunicação como uma presença de destaque não pensei que haveria tantas pessoas no local. A fila foi aumentando aos poucos e mesmo depois da distribuição de senhas continuava a chegar gente.
Depois de adentrar no auditório fiz questão de me sentar logo na primeira fileira para fazer alguns vídeos. Antes da entrada do Pedro houve uma surpresa deixada estrategicamente embaixo de uma das cadeiras. Era um ‘presentinho’ fornecido pela Café Três Corações. A garota que encontrou o vale-brinde adquiriu uma cafeteira.
O bate papo foi mediado por Elias Santos. Quem mora aqui em BH o conhece. Ele é apresentador do programa Caleidoscópio na TV Horizonte. Atualmente o moço está de licença e retornará apenas em 2015 a TV. Sem lisonjeios, mas gosto da maneira despojada com a qual o Elias conduz esse tipo de atividade. O acho um ótimo comunicador.
O ambiente em si estava bastante descontraído. O autor foi recebido por salvas de palmas. Como havia muitas pessoas ainda querendo adentrar e não tinha mais cadeiras disponíveis, Pedro chamou a todos que se encontravam do lado de fora e os incentivou a sentarem-se no chão. Essa é uma prova do bom coração que ele tem. Se fosse um global babaca qualquer teria mandado fechar a porta e nem daria a mínima para quem perdesse ao bate papo.
Cada pessoa ali tinha alguma história para compartilhar a respeito de como as obras do Pedro as tocou. Teve uma moça que mostrou uma carta respondida pelo autor quando a jovem tinha apenas quinze anos. Teve uma mãe que se orgulha em mostrar como sua filha está adquirindo gosto pela leitura através dos livros do Pedro, assim como ela mesma o fez ainda na adolescência. Também teve uma jovem com deficiência auditiva parcial que contou como os livros do Pedro a levaram a conhecer outros autores  até chegar a Coleção Vagalume. Enquanto a conversa corria, uma mulher ia carimbando o famoso K nos livros dos visitantes. Dessa vez não esqueci de pedir pelo meu. Para uma possível sessão de autógrafos levei um exemplar de “A Droga da Obediência”, “Agora Estou Sozinha” e o recém comprado por mim, “Minha Primeira Paixão”.
Foi tão agradável todo aquele momento que nem mesmo vi a hora passar. Só tenho elogios sobre o jeitão do Pedro de lhe dar com seus leitores. Ele é a simpatia em pessoa e até se lembrou de mim. Não pelo meu nome, afinal são muitos leitores que passam por ele em todos os eventos em que marca presença, mas pela minha fisionomia e pelo ato que fiz no lançamento de “A Droga da Amizade” aqui em BH. Para economizar tempo e agilizar a movimentação no local, cada pessoa poderia apenas levar um único livro para ser autografado. Nesse caso escolhi “Agora Estou Sozinha” porque no início desse ano evitei que uma colega de trabalho o jogasse no lixo. A garota que estava sentada ao meu lado me pediu para fazer uma foto dela com o Pedro. Não vi problema em realizar esse favor. Também já havia tido esse mesmo momento há alguns meses no lançamento de “A Droga a Amizade”. Para a minha surpresa, ela quis retribuir o favor levando outro livro meu para ser autografado. A emprestei “A Droga da Obediência”. Como estava sozinho nesse dia não tirei nenhuma foto ao lado do Pedro, mas além dos vídeos tenho agora mais dois livros autografados por.
 Na hora de sair do auditório a vontade que tinha era a de permanecer por lá. Queria ficar conversando mais e mais com meu autor favorito. Trocar ideias, jogar conversa fora, usufruir da presença dele o máximo de tempo possível. Para mim o Pedro é muito mais do que um ídolo ou um mestre literário. Ele é um amigo querido. Não sei quando Pedro Bandeira voltará a BH, mas farei o possível para ir ao encontro dele mais uma vez. Depois do encontro com o Pedro dei mais uma volta pela Bienal mesmo sem ter mais nada para comprar. O lugar já estava bem mais vazio em vista dos primeiros dias. A vantagem de comprar livros no ultimo dia é o desconto que é dado na maioria das vendas. A desvantagem é que dificilmente se encontra algo desejado, já que a maioria dos exemplares estão em falta por terem sido vendidos nos dias anteriores.
Sei que muitas pessoas trabalharam para fazer a Bienal dar certo (pelo menos sob o meu ponto de vista), mas acredito que até mesmo essas pessoas tenham se divertido em meio a tanta trabalheira. Enquanto caminhava pela passarela do Metrô para voltar para casa, senti uma repentina tristeza. Como gostaria que BH tivesse mais eventos como a Bienal.
E esse foi de fato o encerramento da minha participação na Bienal do Livro em 2014. Dessa vez me senti recompensado depois dos problemas ocorridos em 2012. Valeu e muito a pena ter ido mais de uma vez. Queria ter ido outras vezes para participar de mais bate papo na Conexão Jovem, ter assistido ao Café Literário, ter conhecido o trabalho de tantos outros autores, mas não entendam mal, não estou me lamentando. Mesmo não tendo visto tantas outras atrações de destaque, aproveitei e muito a tudo aquilo. Pena que vá demorar para ter outra edição. Se ainda estiver por aqui, com certeza marcarei presença. Abaixo algumas fotos dos bens adquiridos nessa nova visita. Não fiz outras fotos de dentro do Expominas para não tornar essa postagem tão repetitiva.


Isso aqui era para ser um vídeo, mas como ficou muito grande. Acabou ficando em gif mesmo.


Mimos e lembranças do Sábado.

Menores Livros do Mundo. Dessa vez não resisti.

O K dos dias de hoje no livro de uma das edições antiguésimas que tenho de "A Droga da Obediência".

Autógrafo em "Agora Estou Sozinha". Esse livro foi 'descartado' duas vezes, mas eu o adotei e valorizei. Ficará comigo sempre.
Autógrafo brinde.



O K em "Minha Primeira Paixão". O livro não tem nada a ver com a série dos Karas, mas achei importante guardar essa lembrança de todas as formas possíveis.
Visita a Cômix dá nisso.

Essa é para dar vontade. Camisa com frase da Clarice adquirida na Tertúlia.

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